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Fraudes em perfuração de poços na Paraíba são investigadas pela Polícia Federal

Equipes policiais iniciaram ações no início da manhã desta quarta-feira (25) ​

Por Redação Publicado em
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Dnocs recebe policiais federais no início da manhã desta quarta-feira (25) Dnocs recebe policiais federais no início da manhã desta quarta-feira (25) Foto: Ewerton Correia/RTC

Policiais federais e a Controladoria-Geral da União realizam a Operação Poço Sem Fundo na manhã desta quarta-feira (25), em João Pessoa. As investigações apuram crimes relacionados ao desvio de recursos públicos destinados à perfuração de poços e implantação de sistemas simplificados de abastecimento de água na Paraíba.

As irregularidades prejudicaram a população carente do interior paraibano, castigada por longos períodos de estiagem.

A Justiça autorizou o cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão na capital paraibana e nas cidade de Araruna (PB) e Parnamirim (RN). Ordens de indisponibilidade de bens e afastamento de quatro servidores públicos federais de suas funções foram autorizadas.

Equipes visitaram no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Um condomínio no bairro do Altiplano também foi visitado por viaturas da Polícia Federal.

A investigação aponta para o direcionamento de contratos firmados entre as empresas investigadas, o Dnocs, o Incra e a Prefeitura de Araruna, mediante procedimentos de dispensa de licitação, cujos contratos giram em torno de R$ 54 milhões. Já a CGU aponta o montante de R$ 75 milhões, com acrescimento de R$ 17 milhões do Incra.

A PF também acredita na prática de superfaturamento dos contratos, atos de corrupção passiva e ativa, e de lavagem de dinheiro mediante a utilização de contas bancárias de empresas interpostas para dissimulação de movimentações financeiras.

Em um ano, esta é a segunda operação da PF que o Incra é alvo. Em 2019, a Operação Amigos do Rei aconteceu no dia 13 de novembro. Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências de três pessoas, elas eram investigadas por beneficiar familiares e pessoas próximas, concedendo lotes de terra em assentamentos, sem que estes preencham os requisitos legais. Segundo a PF, além dos lotes, R$ 9 milhões foram concedidos para financiar o desenvolvimento das parcelas de terra, entre janeiro de 2018 e maio de 2019.

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