TV Tambaú
Jovem Pan
Nova Brasil Maceió
º
ações

Famílias recebem cestas básicas e kits de higiene após medidas de órgãos para combater a Covid-19

Mais de 2.300 famílias devem ser beneficiadas

Por Redação Publicado em
Covid 19 mpf
Foto: Divulgação / MPF

Catadores de materiais recicláveis, vendedores ambulantes, pessoas em situação de rua, prostitutas, travestis, moradores de ocupações irregulares e indígenas venezuelanos começaram a receber nesta semana cestas básicas e kits de higiene, em João Pessoa. A ação é resultado de medidas articuladas formada por diversos órgãos para minimizar os efeitos da crise social e financeira sobre as parcelas mais fragilizadas da população na capital paraibana e da Grande João Pessoa, causada pelo avanço da pandemia da covid-19 no Brasil.

João Pessoa tem 19 casos confirmados do novo coronavírus, segundo ferramenta da SMS

Conforme o Ministério Público Federal (MPF), nesse primeiro momento serão mais de 2.300 cestas básicas distribuídas aos indígenas venezuelanos, catadores de materiais recicláveis, vendedores ambulantes, prostitutas, travestis e moradores de ocupações irregulares. As pessoas em situação de rua que antes da pandemia já estavam recebendo refeições servidas pelo Hospital Padre Zé, que fez uma parceria com a Secretária de Estado de Desenvolvimento Humano e juntos estão servindo 1.500 refeições por dia, também começarão a receber kits de higiene fornecidos pelo estado e prefeitura. A próxima etapa inclui a distribuição de kits de higiene.

Venezuelanos

Todos os indígenas venezuelanos da etnia warao que chegaram em João Pessoa já estão sendo alojados. Na próxima terça-feira (7), 19 famílias com 80 pessoas venezuelanas serão acolhidas no Centro Social Arquidiocesano, residência da Igreja Católica cedida pelo arcebispo Dom Delson, através de articulação do diretor-presidente do Hospital Padre Zé, padre Egídio, que integra a rede de proteção articulada para minimizar os impactos da pandemia sobre a população vulnerável.

Homem morre com suspeita de coronavírus em João Pessoa, diz SES; resultado deve sair neste sábado (4)

Pessoas em situação de rua 

Durante a primeira videoconferência em 24 de março, o diretor-presidente do Hospital Padre Zé, padre Egídio, apontou como maiores necessidade da população em situação de rua a disponibilização de um local para essa população ficar em segurança equipado com banheiro e kits de higiene, e atendimento médico. Em parceria com a Secretária de Desenvolvimento Humano do Estado, o hospital já serve 1.500 refeições por dia. A prefeitura da capital informou a ampliação de atendimentos no Centro População de Rua, entrega de kits de higiene, oferta de mais de 1.200 refeições diárias, orientações sobre os riscos da covid-19 e da importância da higienização pessoal, além do cadastro de 50 moradores de rua no auxílio-moradia, com prioridade para famílias com crianças e idosos.

Catadores de materiais recicláveis

 Parcela da população em grande vulnerabilidade social, os catadores de materiais recicláveis também participaram de videoconferência com o MPF. A partir dos relatos, foi definido como encaminhamento o levantamento da quantidade de famílias catadoras para receberem cestas básicas e kits de higiene que serão distribuídos às associações de catadores através do projeto Mobilização Inclusão e Formação de Catadores de Materiais Recicláveis, presidido pela professora Fátima Araújo, do departamento de Ciências Biológicas da UEPB.

A rede de proteção social também buscará a inclusão dos catadores no auxílio-aluguel da Prefeitura Municipal de João Pessoa e a possibilidade de ajuizamento de ação para suspender os pagamentos dos aluguéis. A partir de levantamento apresentado pelas associações com o quantitativo das crianças que ficaram sem merenda escolar, o MPF articulará com a prefeitura a possibilidade dos produtos da merenda escolar serem enviados às famílias em forma de cesta básica.

Dois homens morrem e dois são presos após confronto com a PM, em Bayeux

Vendedores ambulantes

Dentre as várias necessidades reportadas pelos representantes dos vendedores ambulantes e trabalhadores informais está a precariedade na alimentação, acentuada pela ausência de renda, visto que a categoria é composta por trabalhadores informais, grande parte diaristas, que pararam de trabalhar após a determinação de distanciamento físico para prevenir a propagação da covid-19. O procurador da República José Godoy destacou que será lançado brevemente o benefício de auxílio emergencial de R$ 600,00, aprovado no Congresso Nacional e sancionado pelo presidente.

Leia também: 

Paraíba confirma segunda morte em decorrência da Covid-19

Infográfico: Veja a evolução dos casos de coronavírus na Paraíba


Relacionadas