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Delegado diz que Flordelis seria presa se não tivesse imunidade parlamentar

O pastor Anderson do Carmo foi assassinado na madrugada de 16 de junho de 2019. 

Por Renata Nunes Publicado em
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A deputada Flordelis (PSD-RJ), suspeita de envolvimento na morte do seu marido, o pastor Anderson do Carmo, seria presa, caso não tivesse  imunidade parlamentar. A informação foi dada pelo delegado de polícia civil Allan Duarte Lacerda ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Esse teria sido o motivo pelo qual não teria pedido a prisão preventiva da deputada. O pastor foi assassinado na madrugada de 16 de junho de 2019.

Segundo o delegado, com base no conjunto de diligências, provas técnicas, dados de celulares e depoimentos de testemunhas, não restaram dúvidas de que a deputada Flordelis foi a mandante e a responsável por "arquitetar o plano criminoso" que levou à morte do próprio marido. Para o delegado, sem a participação da deputada, o crime não teria ocorrido.

"Ela era figura de autoridade máxima naquela casa. Era manipuladora, persuasiva e foi ela a responsável por arquitetar e arregimentar essas pessoas. Marzy, Simone, Rayane e Flávio [filhos da deputada] não teriam feito o que fizeram sem a chancela dela. Se ela diz que não deu a ordem, poderia ter dado a contra ordem. E isso não foi feito, mesmo ela sabendo que havia um plano nítido para ceifar a vida dele", disse Lacerda.

Anderson do Carmo foi morto com mais de 30 tiros na garagem da casa onde morava com a deputada. Antes disso, segundo o inquérito, dados de prontuários de entrada em hospitais, submetidos a laudo médico-legal, comprovaram que o pastor já havia sido alvo de pelo menos seis tentativas de envenenamento por arsênico e cianeto.

Flávio dos Santos, filho biológico de Flordelis, foi preso no velório do padrasto, apontado como autor dos disparos. Lucas dos Santos de Souza, filho adotivo da deputada, foi preso horas depois acusado de ter comprado a arma do crime, encontrada na casa da deputada.

Também presa, Simone dos Santos, filha biológica da deputada, declarou à Justiça que não elaborou um plano para matar o pastor, mas reconheceu ter pago R$ 5 mil para Marzy Teixeira, filha adotiva, fazê-lo. 

Os outros presos são Marzy, que confessou ter dado o dinheiro a Lucas para matar Anderson, Adriano dos Santos Rodrigues, André Luiz de Oliveira, Carlos Ubiraci Francisco da Silva, além da neta da deputada Rayane dos Santos Oliveira.


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