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Delação: Livânia afirma que João Azevêdo recebia propina de R$ 120 mil por mês

Trecho da delação foi divulgado na manhã desta segunda-feira (13)

Por Redação Publicado em
Joao Azevedo Sao Luiz do Maranhao

Parentes e cargos

Segundo Livânia, os repasses seriam feitos a Deusdete Queiroga, atual secretário de Infraestrutura, por meio de Leandro Azevedo, assessor da então secretária – hoje, também delator -, e teriam ocorrido entre abril e o final de julho.

Em seguida, João Azevedo teria demonstrado a preocupação de não ser acusado de nepotismo durante a campanha. Livânia afirma que ele pediu para exonerar sua nora, que trabalhava na vigilância sanitária e sua cunhada, que estava na Superintendência de Administração do Meio Ambiente da Paraíba. A nora ganhava R$ 3,8 mil e a cunhada R$ 6 mil.

“O que a gente fazia. separava o dinheiro, colocava no envelope e entregava a ele. Eu pessoalmente entreguei o dinheiro a ele. Tá aqui, esse é o salário, aí você repassa. Ele colocou dentro da pasta dele”, disse.

Caixa dois

A ex-secretária também menciona que, durante a campanha, os fornecedores também foram pagos com dinheiro da Cruz Vermelha, no valor de R$ 900 mil, e que  ‘alguns fornecedores já haviam recebido o pagamento através do montante que se tinha em caixa’ O governador teria dito que o valor seria ‘suficiente’.

Fiscais

Também é mencionada uma suposta propina a fiscais que se recusavam a assinar uma adutora, na região de Patos, na Paraíba. A tratativa teria sido resolvida com repasse de R$ 300 mil, também do caixa da Cruz Vermelha.

De acordo com Livânia, no período de transição para seu governo, João Azevedo teria demonstrado preocupação e a vontade de romper com as organizações de saúde que geriam hospitais na Paraíba. Ela, então, o teria alertado.

Pé no acelerador

“Eu disse: João, eu vou informar uma coisa. Aqueles R$ 120 mil que você recebia mensalmente, que Deusdete recebia, foi a Cruz Vermelha que deu”, relata Livania, que também diz ter mencionado os outros repasses para a campanha e os fiscais ao governador eleito.

“Então, assim, não aperta muito o pé no acelerador não porque foi na sua campanha. Não foi pra trás não. Eu não to aqui pra defender OS. Eu quero dizer que tem isso. E você escuta muito o que tem de fora, mas tem que escutar o que acontece”, relatou.

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Com informações do Estadão 


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