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Cidades do Sertão lideram incidência de casos de arboviroses

A Paraíba apresenta três mortes como confirmadas para dengue nos municípios de Sapé, Santa Rita e Aroeiras, e cinco para chikungunya.

Por Redação Publicado em
Mosquito

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nesta terça-feira (10), o Boletim Epidemiológico das Arboviroses, referente à 44ª Semana Epidemiológica, o qual revela que a dengue lidera os registros com 6.128 casos prováveis da doença, seguida pela chikungunya com 1.673 notificações e zika com 313. 

De acordo com a técnica da SES responsável pelas arboviroses, Carla Jaciara, não houve muita mudança entre o relatório atual e o anterior. Ela explica que o problema da subnotificação ainda persiste e que as regiões de maior incidência continuam sendo as mesmas: 13ª, 4ª e 15ª, localizadas no Sertão, Borborema e Agreste, respectivamente.

“Não temos muita diferença entre esse e o boletim anterior. Se pegarmos até o percentual de variação e dos casos prováveis e trouxermos para a porcentagem, ficou praticamente a mesma coisa. Tivemos mais aumento para a chikungunya, se compararmos com o mesmo período de 2019. Dengue ainda continua com redução e zika também”, pontua.

Sobre os óbitos, o nono boletim apresenta 22 registros suspeitos, um a mais que o documento anterior. Até o momento, a Paraíba apresenta três mortes como confirmadas para dengue nos municípios de Sapé, Santa Rita e Aroeiras, e cinco para chikungunya, sendo dois em João Pessoa, um em Riachão do Bacamarte, um em Areial e outro em Malta. Já para o vírus da zika, dois óbitos foram confirmados, sendo um em Aroeiras e o outro em Riachão do Bacamarte. Treze casos foram descartados e apenas um segue em investigação.

O boletim também traz a informação que, em 2020, foram notificados nove casos de gestantes confirmados por vírus zika, sendo sete por critério laboratorial e dois por clínico-epidemiológico nos municípios de Araruna, Campina Grande, Água Branca, Picuí, Pocinhos, Vista Serrana e Boa Vista. A técnica destaca a importância das medidas de prevenção serem reforçadas para os casos das gestantes, principalmente no primeiro trimestre de gestação, sendo um período de risco para infecção por Zika vírus. “Essa é a fase de formação fetal. Porém os cuidados de prevenção se estendem durante toda gestação”, observa.

Apesar do cenário atual do Covid-19, as atividades de controle das arboviroses continuam ativas. Segundo Carla Jaciara, as ações executadas pelo Núcleo das Arboviroses continuam sendo as mesmas, principalmente a de orientar os municípios com relação à notificação, à investigação e ao encerramento dos casos em tempo oportuno.

O boletim traz uma série de recomendações às Secretarias Municipais de Saúde, tais como: sensibilizar a população para eliminação de criadouros do mosquito aedes aegypti, contribuindo para o controle das arboviroses dengue, zika e chikungunya; manter ativa a vigilância para notificação dos casos suspeitos; realizar coleta de material para confirmação laboratorial de casos suspeitos e para o isolamento viral, com intuito de identificar o sorotipo de dengue circulante.


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