Bancários realizam protesto e paralisam atividades contra demissões em agência do Bradesco, em JP
Segundo a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, o banco já demitiu mais de 2 mil trabalhadores
Bancários e lideranças da CUT Paraíba paralisaram as atividades, nesta quinta-feira (19), do Bradesco na agência Bairro dos Estados, localizada na Av. Epitácio Pessoa, retardando a abertura do expediente ao público até 12h, em protesto contra as demissões feitas pelo banco.
O Sindicato dos bancários informou que a ação, que faz parte da campanha organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e sindicatos dos bancários de todo o país, não irá parar até que as demissões sejam encerradas e revertidas as que ocorreram até o momento.
Segundo a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, o banco já demitiu mais de 2 mil trabalhadores no mesmo mesmo período em que obteve Lucro Líquido Recorrente de R$ 12,657 bilhões nos primeiros nove meses deste ano.
O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Lindonjhonson Almeida, que é funcionário do Bradesco, declarou o descontentamento. “É um absurdo que um banco que lucra muito com a exploração de seus empregados, clientes e usuários de serviços bancários, mesmo tendo assumido o compromisso de não demitir durante a pandemia, esteja desempregando pais e mães de família que deram o melhor de si e que agora estão inseguros ao verem o Bradesco demitindo em plena pandemia", pontuou.
"Além disso, há denúncias da prática de assédio moral de gestores que estão fazendo o “diabo” com seus subordinados aqui no Banco da Cidade de Deus. E nós, enquanto representantes da categoria profissional mais afetada pela pandemia, não vamos parar de manifestar nosso repúdio contra essa ganância desenfreada, quando o banco deveria estar disponibilizando parte do seu lucro para manter empregos e ajudar no combate a esse terrível vírus. E não é só uma questão corporativa, pois a cada funcionário demitido é um atendimento a menos que prejudica a população”, afirmou.
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