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Autonomia do BC vai diminuir taxa de juros, diz presidente do órgão

Por Redação Publicado em
Banco Central do Brasil
Banco Central do Brasil Banco Central do Brasil Foto: Reprodução / Internet

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira (12) que a autonomia do órgão vai permitir uma taxa de juros estrutural mais baixa, pois impedirá que haja influência política sobre a condução monetária no país.

Na avaliação de Campos Neto, o projeto enviado ao Congresso pelo governo Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (11) é importante porque alinha o Brasil aos padrões internacionais e elimina incertezas entre empresários e investidores sobre a condução da política monetária.
Para ele, a aprovação do texto vai garantir mais liberdade para a instituição.

"Existe um prêmio de risco na parte longa da curva de juros, na incerteza da política monetária ter influência do ciclo político e, quando você faz isso [autonomia], desfaz o vínculo do ciclo político com o ciclo de política monetária e isso reduz esse prêmio e permite ter uma taxa de juros estrutural mais baixa que beneficia todo mundo", afirmou a jornalistas em Washington.

A autonomia do BC é debatida há anos no Congresso, mas o governo quis enviar um novo projeto, assinado no Planalto durante evento que marcou os 100 dias de gestão Bolsonaro.
Na capital americana para uma série de reuniões no FMI (Fundo Monetário Internacional), Campos Neto não quis comentar a interferência do presidente no preço do diesel.

Bolsonaro impediu que a Petrobras fizesse um reajuste de 5,7% no valor do combustível, o que contradiz práticas de uma política econômica liberal, o cerne de seu governo.

Primeiro, Campos Neto disse que não estava acompanhando as notícias e não poderia, como dirigente do BC, falar sobre a prática de preços da Petrobras.

Depois, porém, ao ser perguntado sobre críticas ao governo Dilma Rousseff por tentar controlar preços administrados, disse que falaria "de forma geral" e que não tinha medo que isso acontecesse na gestão de Bolsonaro.

"Não tenho medo, não tem esse risco [no governo Bolsonaro]".

"De uma forma geral, sem falar em nada específico, obviamente que os economistas liberais acreditam em preços de mercado o mais livre possível, com menor intervenção possível e acreditamos que isso, no longo prazo, é o que traz o crescimento sustentável, faz parte de um grupo de políticas econômicas que acreditamos que sejam corretas".

Para o presidente do BC, os economistas liberais -como o chefe da equipe econômica do governo, Paulo Guedes– acreditam em preços de mercado "o mais livre possível", mas o que importa para a política monetária é o resultado do impacto de um conjunto de fatores no canal de transmissão da inflação, e não um "fato isolado".

Questionado sobre a intervenção do governo no preço do diesel ser um fato isolado, Campos Neto preferiu não comentar.

Ainda de acordo com o economista, durante suas reuniões com investidores nos EUA, -antes de Washington ele passou por Nova York- levanta-se muitas dúvidas sobre a aprovação das reformas e a dificuldade de articulação política do governo, que não conseguiu formar uma base aliada no Congresso.

Para ele existe um "otimismo cauteloso" em relação ao Brasil e é preciso explicar que o país está, em suas palavras, no caminho certo e que vai conseguir aprovar as reformas estruturais, a começar pela da Previdência.

Folhapress

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