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Debate na Tambaú: veja os que os candidatos discutiram sobre educação, infraestrutura e economia

Walber Virgolino (Patriota) e Ricardo Coutinho (PSB)​ foram convidados pela emissora, mas não compareceram.

Por Redação Publicado em
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Nove dos 14 candidatos à Prefeitura de João Pessoa participaram do último debate antes das eleições 2020. O embate entre os políticos foi realizado na manhã desta quarta-feira (11), pela TV Tambaú/SBT. Além da emissora, o debate foi reproduzido nos canais oficiais da empresa e foi transmitido pelo Portal T5. Walber Virgolino (Patriota) e Ricardo Coutinho (PSB) foram convidados pela emissora, mas não compareceram.

Raoni Mendes (Democratas) abriu o primeiro bloco e fez a pergunta para a candidata Edilma Freire (PV). Ele a questionou sobre a aquisição de alimentos na agricultura. "Toda e qualquer aquisição da nossa prefeitura é feita através de licitação transparente, aparelhada e estruturada. Temos salvado vidas. Temos alimentado crianças de segunda a sexta, com acompanhamento de nutricionistas", disse ela. Raoni, por sua vez, ressaltou que os produtores locais não têm acesso aos processos de seleção.

A candidata Edilma Freire (PV) questionou Carlos Monteiro (Rede) sobre as propostas destinadas às mulheres caso seja eleito. Edilma afirmou que as mulheres são maioria do eleitorado, mas têm pequena participação na política. Em resposta, o candidato disse que criaria núcleos de defesa da família, levaria as causas a Procuradoria do Município com a política de prevenção à violência, assim como acionar as Delegacias da Mulher. Na réplica,  Edilma prometeu uma política revolucionária, com linhas de crédito, cursos profissionalizastes, expandido o centro de apoio. Ela também prometeu mais 5 mil vagas na Educação infantil e abertura de novas creches. Carlos, em tréplica disse também que disponibilizará linha de crédito às mulheres.

Durante o primeiro bloco da debate da TV Tambaú nesta quarta-feira (11), o candidato Carlos Monteiro (Rede) escolheu o candidato João Almeida (Solidariedade) e perguntou "Qual é a sua visão de uma administração pública moderna para pessoenses?". Para João Almeida, o enxugamento da máquina pública é essencial. "Vamos usar tecnologia de gestão e, assim, não vai dar para roubar, acabando com a corrupção. O que não falta é dinheiro. Vamos fomentar a contrução civil, gerando emprego e renda. Vim aqui para separar política de polícia", respondeu. Já Carlos Monteiro disse que só o enxugamento não seria o bastante. "Temos que enfrentar a isenção do ISS e atuar junto com o Tribunal de Contas para, de fato, ter uma gestão administrativa eficiente".

Os candidatos João Almeida (Solidariedade) e Ruy Carneiro (PSDB) debateram a importância das creches e das aulas nas escolas para as famílias em João Pessoa. "Nós temos hoje, de 0 a 3 anos, 27 mil crianças fora de creche. Nós estamos propondo começar as construções, mas adquirir na iniciativa privada 5 mil vagas para que os pais e as crianças estejam bem assistidas", propôs Ruy. "Os pais que estão com o filho até hoje sem aula por conta da desculpa da pandemia vão ter oportunidade e esperança de retomar o ano letivo perdido. Seu filho vai receber um tablet com internet a partir de fevereiro do próximo ano, juntamente com aula presencial", ressaltou João.

As prioridades para os primeiros seis meses de trabalho a frente da Prefeitura de João Pessoa para 2021 foram discutidas no pelos candidatos Nilvan Ferreira (MDB) e Ruy Carneiro (PSDB).De acordo com Nilvan, a prioridade é a recuperação econômica. "Nós temos muita gente vivenciando os reflexos profundos de tudo que a pandemia está representando e a gente não sabe quando isso vai terminar até porque não tem nem vacina autorizada pela Anvisa. Precisamos recuperar a capacidade de investimento na cidade de João Pessoa", disse. Já Ruy Carneiro destaca a falta de experiência de Nilvan para lidar com os problemas da capital paraibana e ressaltou um calendário de ações administrativas. "Nós vamos priorizar em janeiro as cinco mil vagas em creche, o multirão da saúde e da geração de emprego e renda", afirmou.

Ainda no primeiro bloco, o candidato Nilvan Ferreira (MDB) questionou Cícero Lucena a respeito do problema de erosão na barreira do Cabo Branco. Cícero, por sua vez, disse que há 18 anos fez um projeto de proteção da falésia em parceria com uma universidade. A época, a solução foi uma obra, que na época, estava orçada em 16 milhões, dos quais ele conseguiu 4. Se eleito, ele disse que buscará alternativas mais modernas para cessar o problema. "Vamos realizar novos estudos e ver alternativas. Vamos trazer  o que é novo, o que é moderno", pontuou. Na réplica, Nilvan pediu atenção aos pessoenses e lembrou que três dos 14 candidatos já tiveram oportunidade de estar na gestão da cidade e citou Cícero, o candidato Ricardo Coutinho, que faltou Ricardo e a candidata Edilma Freire, ligada ao prefeito Luciano Cartaxo. Ele disse que nenhum deles foi capaz de fazer os ajustes. Nilvan prometeu ir em busca de alternativas e, se for necessário, em órgãos internacionais para resolver o problema.

No debate da TV Tambaú, o candidato Cícero Lucena (PP) perguntou como o candidato Ítalo Guedes (Psol) resolveria o problema de evasão escolar. Ítalo afirmou que é fundamental o diálogo contínuo com a assistência social aliada a implementação de políticas públicas. "A gestão da educação aqui no município, não é de agora, vem sendo um verdadeiro desastre. Os últimos oito anos estão aí para comprovar isso. A gente precisa repensar um modelo educacional e ter um diálogo contínuo com professores e professoras com os trabalhadores da escola, inclusive perpassando o ambiente escolar de sala de aula ao ensino técnico e tratando da alimentação que tem que ser de qualidade". Cícero replicou garantindo diversos direitos aos alunos e profissionais de instituições educacionais. "A garantia de vagas é o primeiro passo para quem valoriza e compreende a educação como órgão importante para mudar a vida das pessoas para melhor. Para gerar oportunidade, chance de crescer e se desenvolver, eu crio uma agenda melhor. Comecemos com uma garantia para todos com boas instalações, valorizando, reconhecendo, treinando e qualificando os professores, ter o material didático fornecido no tempo certo. Vamos garantir o fardamento e a merenda", afirmou.

Ítalo Guedes (PSOL) escolheu obrigatoriamente Anísio Maia (PT) - pela dinâmica do debate. Ítalo falou sobre a falta de energia e a privatização da luz elétrica no Amapá. Ele citou irresponsabilidade do poder público para gerir essas questões. Anísio disse que os candidatos de partidos tradicionais evitavam o confronto direto com partidos que representam o campo, progressistas. Ele disse que era radicalmente contra a privatização do serviço público. E ainda disse que “não haverá privatização caso seja eleito”. E que o povo participaria da gestão. Ítalo, em réplica, disse que a maioria dos candidatos pretende precarizar os serviços públicos para depois terceirizar. Ele também defendeu que não haverá privatização caso seja eleito. Na tréplica, Anísio citou o Setusa (que cobrava preços mais baratos que os ônibus privados), que foi repassado à empresas privadas, após ser sucateado. Reafirmando que defende a administração pública.

O candidato do PT, Anísio Maia, questionou com o candidato Raoni Mendes que moradores de bairros mais afastados sofrem com a falta de investimentos do poder público. "Vamos acabar com essas duas cidades. O desenvolvimento da cidade será pautado em dados. Vamos implantar a inteligência artificial para monitorar a necessidade de cada lugar", disse Raoni. Ele citou como exemplos os bairros José Américo, Bairro das Indústrias e São José, por exemplo. Disse ainda que bairros considerados nobres estão recebendo atenção enquanto locais que precisam de acessibilidade, por exemplo, não estão sendo contemplados. Anísio lembrou que os políticos conversadores acham que sabem de tudo. "Temos que ouvir as pessoas. Por isso defendemos um novo orçamento participativo", revelou Anísio.


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