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"Colocaram a arma na minha cabeça, mas falhou": vítima detalha últimos momentos com Thaynan

Jovem foi morto a tiros sem chances de defesa no João Paulo II.

Por Cristiano Sacramento Publicado em
Thaynan e o amigo tentaram se esconder dos disparos
Thaynan e o amigo tentaram se esconder dos disparos (Imagem: Reprodução / Redes Sociais)

Minutos de tormento. Cleiton, amigo do jovem Thaynan, morto após um tiroteio ser registrado no bairro do João Paulo II, zona sul de João Pessoa, relatou os minutos de tensão e últimos instantes de vida do colega. Segundo ele, o crime aconteceu após a dupla marcar para se confraternizar na casa de outro amigo. Mas, no caminho para comprar cerveja, tudo mudou.

“Depois do trabalho, a gente costumava tomar nossa cerveja. Combinamos de ir na casa de um amigo da gente ali na comunidade. Só que esse nosso amigo pediu a gente pra comprar cerveja”, afirmou o jovem. A mensagem foi exibida no programa Tambaú da Gente, da TV Tambaú.

Segundo a vítima, a dupla já estava perto da casa onde iam se reunir. Quando, de repente, perceberam uma movimentação atípica na rua em que estavam. Foi aí que, segundo ele, os disparos começaram.

“Ele estava perto. Estava um clima meio estranho e depois começou um tiroteio lá na frente. Aí, ainda deu tempo de mandar um áudio para meu amigo e dizer que ‘aqui tava tendo tiroteio, o que é que a gente faz?’. Só que aí, um cara vinha em uma moto. A gente tava de esquina, ele veio em nossa direção e começou a atirar em mim e em Thaynan”, explicou.

Abalado, o jovem afirmou que ainda correu junto ao amigo. “Pedi pra meu amigo correr, - corre Thaynan, por favor! E a gente correu. No final da rua, a gente entrou à direita. Tinha um muro que tava acesso aquele galpão e o matagal. Aí fomos caminhando, achando que já tínhamos resolvido, e que não ia acontecer mais nada. Mas, os caras pararam em uma moto e pegaram meu amigo de frente. Eu ainda gritei, ‘vem Thaynan’. Mas, ele tentou se render”, completou.

O crime foi registrado por moradores da região. Os disparos mataram outro homem e deixaram uma quarta pessoas ferida. “Depois disso, eles ainda vieram efetuar disparos na minha cabeça, só que a arma falhou. Eu pensava que nunca mais ia ver minha filha”, concluiu.

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