Bica permanece fechada para visitação por tempo indeterminado; suspensão é oficializada
O Parque Zoobotânico Arruda Câmara está fechado desde o último domingo (30), quando um jovem foi morto após invadir o recinto dos leões
A Prefeitura de João Pessoa publicou, na edição desta quarta-feira (3) do Diário Oficial, a Portaria nº 015/2025 – SEMAMJP, que determina a suspensão das atividades do Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica) após a morte de Gerson de Melo Machado, de 19 anos, atacado por uma leoa no último domingo (30), após invadir o recinto do animal.
Segundo o Instituto de Polícia Científica (IPC), o jovem morreu devido a hemorragia causada por ferimentos perfurantes e contundentes nos vasos cervicais, localizados no pescoço. O laudo confirmou que a leoa não chegou a se alimentar do corpo em nenhum momento, tendo apenas reagido de forma agressiva após passar por grande estresse.
Um exame toxicológico complementar também foi solicitado e deverá ser concluído em até 45 dias.
Portaria determina fechamento imediato da Bica
O secretário municipal de Meio Ambiente, Welison Araújo Silveira, justificou a portaria citando:
- a ocorrência de um grave incidente no parque;
- a necessidade de garantir a segurança dos visitantes, dos animais e dos servidores;
- a importância de uma apuração rigorosa e transparente dos fatos;
- o dever da administração pública de zelar pela integridade de seus equipamentos ambientais.
Com isso, o documento determina:
Art. 1º — Suspensão das atividades do Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica) por prazo indeterminado.
Art. 2º — A suspensão permanece até a conclusão da apuração administrativa e das medidas corretivas.
Art. 3º — O acesso ao parque está restrito a pessoas autorizadas, como equipes técnicas e setores responsáveis.
A portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Sepultamento do jovem
O corpo de Gerson de Melo Machado foi sepultado na tarde de segunda-feira (1º) no Cemitério do Cristo, em João Pessoa. O velório ocorreu no início da tarde e contou com a presença de familiares e integrantes da assistência social que acompanhavam o jovem nos últimos anos.
Gerson morava com a avó, no bairro de Mangabeira, e, segundo familiares, ela foi a pessoa mais abalada durante a despedida.
A Polícia Civil segue investigando as circunstâncias da invasão ao recinto da leoa e os fatores que levaram ao ataque.



