Mulher é presa por envolvimento no feminicídio de policial penal na Paraíba
A ação foi realizada pela Polícia Civil da Paraíba, em parceria com a Polícia Civil da Bahia
Uma mulher de 52 anos foi presa na cidade de Paulo Afonso (BA) suspeita de envolvimento no feminicídio da policial penal Edivânia Vieira da Silva, ocorrido no dia 6 de novembro, em Patos, no Sertão da Paraíba. A ação foi realizada pela Polícia Civil da Paraíba, em parceria com a Polícia Civil da Bahia, e representa um avanço significativo no esclarecimento do caso.
Segundo as investigações, a suspeita mantinha um relacionamento extraconjugal com Leonardo Pereira, de 38 anos, ex-marido da vítima e apontado como o principal autor do crime. De acordo com a polícia, o casal teria planejado o assassinato, simulando inclusive uma cena de crime com pichações nas paredes, na tentativa de confundir os investigadores e manchar a imagem da policial penal.
Edivânia foi encontrada morta dentro da própria casa, vestida com a farda do trabalho, apresentando sinais de esganadura e agressões. Inicialmente, ela foi dada como desaparecida por amigos e familiares, que não conseguiam contato com a vítima havia dois dias.
Ao entrar na residência, a polícia identificou pichações que sugeriam suposta ligação da policial com atividades criminosas. No entanto, conforme avançaram as investigações, ficou comprovado que tudo não passava de uma farsa criada pelo ex-companheiro e pela amante para tentar encobrir o feminicídio.
O delegado responsável pelo caso informou que Leonardo chegou a acessar o roteador da vítima na manhã do crime, fato que ajudou a reconstruir a dinâmica do assassinato. A polícia também revelou que o casal tentou fugir da Paraíba: Leonardo foi capturado em Caetés (PE), enquanto a amante foi localizada na Bahia.
Com as duas prisões efetuadas, a Polícia Civil afirma que o caso está praticamente elucidado, restando apenas etapas formais para o encerramento do inquérito. Ambos devem responder por feminicídio, além de crimes acessórios envolvendo a tentativa de simular circunstâncias que desviariam o foco da investigação.
A rápida identificação e captura dos suspeitos, ocorrida em menos de um mês, destaca a eficiência do trabalho da Delegacia de Homicídios e Entorpecentes de Patos, que conduziu a operação com o apoio das equipes da Bahia.



