Governador diz que reservatório em Campina Grande passava por manutenção e não apresentava sinais de rompimento
O rompimento do reservatório de água deixou uma idosa morta, destruiu casas e arrastou veículos na rua em Campina Grande
Após o rompimento de um reservatório de água no bairro da Prata, em Campina Grande, que deixou uma idosa morta e duas pessoas feridas, o governador João Azevêdo declarou neste sábado (8), durante entrevista coletiva, que a estrutura passava por manutenção frequente e não apresentava qualquer sinal de risco antes do acidente.
Além da morte de uma idosa de 62 anos, o incidente provocou o desabamento de três casas, danificou outras três residências e arrastou veículos que estavam estacionados na rua. O gestor destacou que os serviços eram realizados de forma diária e permanente no reservatório afetado, sem registros de falhas estruturais ou vazamentos que indicassem a possibilidade de colapso.
“Não houve nenhuma sinalização. Quando uma estrutura qualquer de qualquer edificação dá sinais de rompimento, são vários sinais que aparecem antes, e ali não foi o caso. Não tinha vazamento pelas paredes, não aparecia nada disso”, declarou João.
O governador também assegurou que o Governo do Estado prestará assistência às famílias atingidas pela tragédia. Segundo ele, as vítimas que tiveram prejuízos materiais receberão apoio para recompor as perdas e reconstruir o que foi danificado.
“Tudo aquilo que se refere a apoio material, nós estamos equacionando e vamos resolver. Todas as famílias ficarão completamente protegidas pela mão protetora do governo, que tem obrigação sim e responsabilidade de tomar essas medidas”, garantiu o chefe do Executivo estadual.
Uma comissão especial será formada, sob a coordenação do vice-governador Lucas Ribeiro, com a participação de diversos órgãos do governo, para investigar as causas do rompimento do reservatório. No local, será realizada uma perícia para identificar o motivo do acidente.
A Comissão será composta pela Secretaria da Infraestrutura e dos Recursos Hídricos, Secretaria de Desenvolvimento Humano, Defesa Civil, Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado (Suplan), Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Militar e Companhia Estadual Habitação Popular da Paraíba (Cehap).
O rompimento
O rompimento de um reservatório de água no bairro da Prata, em Campina Grande, na manhã deste sábado (8), provocou a morte de uma idosa de 62 anos, que estava acamada. Em decorrência do acidente, três casas desabaram e outras três residências foram danificadas, além disso, veículos que estavam estacionados na rua foram arrastados.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o rompimento de uma tubulação causou um alagamento repentino, cuja força da água derrubou parte das construções próximas. Duas pessoas ficaram feridas e foram levadas ao Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, onde permanecem com estado de saúde estável.
Morte
Maria do Socorro Leal Teixeira de Araújo, de 62 anos, estava em sua casa quando a força da água, em razão do rompimento do reservatório, invadiu o imóvel. Ela sofria de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença degenerativa, e vivia acamada.
No momento do acidente, três pessoas estavam na residência, incluindo a cuidadora que acompanhava Maria do Socorro, que estava no quarto quando a água entrou na casa. O corpo da vítima só pôde ser removido após liberação da Defesa Civil, devido ao risco de desabamento do imóvel.



