Justiça mantém prisão de homem que confessou ter matado filho autista em João Pessoa
Davi foi preso em Florianópolis (SC), no domingo (2), após se entregar à polícia e confessar o crime
A Justiça manteve a prisão de Davi Piazza Pinto, que confessou ter matado o próprio filho, Arthur, de 11 anos, criança autista e com deficiência visual. O homem passou por audiência de custódia nesta segunda-feira (3), e a decisão confirmou a prisão preventiva, enquanto seguem as investigações da Polícia Civil da Paraíba.
Davi foi preso em Florianópolis (SC), no domingo (2), após se entregar à polícia e confessar o crime. Segundo a investigação, ele teria asfixiado o filho e ocultado o corpo em uma área de mata no bairro Colinas do Sul, em João Pessoa, onde o menino foi encontrado dentro de um saco plástico, parcialmente enterrado, na noite do sábado (1º).
A Polícia Civil apura se o suspeito utilizou um carro de aplicativo para transportar o corpo até o local. O Instituto Médico Legal (IML) informou que a causa da morte foi asfixia por sufocação, e que exames complementares, como o toxicólogico, ainda estão em andamento.
O enterro de Arthur ocorreu na manhã desta segunda-feira (3), no Cemitério do Cristo, em João Pessoa.
A mãe da criança, Aline Lorena, lamentou o crime e destacou a trajetória de superação do filho:
“O Arthur foi uma criança incrível, nasceu de cinco meses, com 800 gramas. A gente batalhou a vida inteira por ele. O que aconteceu só cabe à Justiça agora”, afirmou.
De acordo com o delegado Bruno Germano, Davi viajou de Santa Catarina para João Pessoa dizendo que queria ajudar nos cuidados com o filho, que morava com a mãe na capital. Eles se encontraram na sexta-feira (31), após um longo período sem convivência.
“O pai esteve aqui na quinta-feira, e na sexta recebeu a criança para curtir momentos em família. No domingo, ele ligou para a mãe, arrependido, informando que havia matado o menino, indicado o local onde ocultou o corpo e se entregou à polícia de Florianópolis”, explicou o delegado.
A Polícia Civil da Paraíba segue apurando as circunstâncias do crime, incluindo o possível uso de um carro de aplicativo e a participação de terceiros. O corpo foi localizado próximo a uma fábrica abandonada, no Colinas do Sul.
Equipes da Polícia Militar haviam iniciado as buscas desde o desaparecimento do menino, na sexta-feira (31). A perícia informou que o corpo apresentava marcas no ombro, possivelmente causadas pela exposição ao sol.
Com a decisão judicial desta segunda-feira, Davi Piazza Pinto permanece preso e deve responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.



