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Criança com autismo é encontrada morta em João Pessoa; pai confessa o crime

O corpo foi encontrado em posição fetal, dentro de um saco de lixo preto, enterrado em uma cova rasa

Por Carlos Rocha Publicado em
Preso morre de infarto ao saber que não enfrentaria pena de morte
Criança com autismo é encontrada morta em João Pessoa; pai confessa o crime (Foto: Reprodução/ Twitter)

Uma criança de 11 anos, que tinha transtorno do espectro autista e deficiência, foi encontrada morta neste sábado (1º) em João Pessoa. O pai da vítima confessou o crime após fugir para Florianópolis, em Santa Catarina, e se entregar à polícia catarinense. O pai foi identificado como Davi Piazza Pinto e segue detido.

De acordo com informações do Comando do 5º Batalhão da Polícia Militar da Paraíba, o corpo de Arthur Davi foi localizado em um galpão abandonado nas proximidades do Distrito Industrial, na capital paraibana. O corpo estava em posição fetal, dentro de um saco de lixo preto, enterrado em uma cova rasa. No local, a perícia não encontrou elementos suficientes para determinar a causa da morte.

O caso começou a ser investigado como desaparecimento ainda na sexta-feira (31), quando a mãe informou às autoridades que não conseguia mais contato com o pai da criança, que havia saído com o filho. Eles são separados e a mulher, que está em outro relacionamento, afirmou que não impedia o convívio da criança com o genitor.

Segundo o relato da mãe, o homem, natural de Florianópolis, pediu para passar mais tempo com o menino e planejava viajar com ele para Santa Catarina neste sábado (1º). A mulher, que mora em João Pessoa há cerca de dois anos, permitiu a viagem, mas passou o dia tentando saber notícias do filho, sem receber resposta.

Durante as buscas, policiais militares estiveram no apartamento onde o homem havia sido visto pela última vez. Com autorização da proprietária do imóvel, os agentes entraram no local, mas não encontraram o pai nem a criança.

Ainda no sábado (1º), o pai ligou para a mãe e admitiu o crime, dizendo que havia “perdido a cabeça” e matado o menino, antes de afirmar que se entregaria à polícia em Santa Catarina. Ele teria dado as coordenadas de onde o corpo estaria.

A Polícia Civil da Paraíba está conduzindo as investigações e deve solicitar a transferência do suspeito para o estado, onde o caso será acompanhado também pelo Ministério Público e pelo Conselho Tutelar. O corpo foi encaminhado para o Instituto de Polícia Científica (IPC-PB), no bairro Cristo Redentor para análise mais minuciosa. Um laudo deve sair em breve.

As autoridades tratam o crime como um homicídio qualificado e aguardam os resultados da perícia realizada no local onde o corpo foi encontrado.



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