Suspeito de estuprar menina de 13 anos chegou a alegar consentimento da vítima, diz testemunhas
Segundo relatos, o suspeito teria negado o crime, alegando consentimento da menor, o que é legalmente impossível devido à idade da vítima
Um homem de 23 anos foi agredido por populares na tarde desta sexta-feira (17) no Parque da Lagoa, em João Pessoa, Paraíba. Ele é suspeito de ter estuprado uma adolescente de 13 anos no bairro de Mandacaru no dia anterior. O linchamento foi interrompido pela Guarda Civil Metropolitana (GCM), que socorreu o indivíduo para o Hospital de Trauma.
De acordo com informações da GCM, o suspeito, que seria conhecido da família da vítima e frequentava a casa, foi reconhecido por populares no Parque da Lagoa usando as mesmas roupas do dia do crime. A agressão envolveu pauladas e pedradas.
A equipe da GCM, sob o comando do Inspetor Leonardo, atendeu a ocorrência e encontrou o suspeito sendo linchado por uma multidão. Os guardas intervieram, colocaram o agressor na viatura e o levaram diretamente ao Hospital de Trauma devido à gravidade dos ferimentos.
O suspeito deu entrada no hospital em estado grave, mas estável. Durante a realização de uma tomografia na cabeça, ele convulsionou e precisou ser transferido às pressas para a ala vermelha, onde passou por procedimentos emergenciais para estabilizar seu quadro clínico. Ele foi diagnosticado com traumatismo crânio encefálico moderado e está sedado e em observação, sem previsão de liberação nos próximos dias.
A vítima, a adolescente de 13 anos, é familiar de um guarda civil metropolitano. Segundo relatos, o suspeito teria negado o crime, alegando consentimento da menor, o que é legalmente impossível devido à idade da vítima. Relação sexual, mesmo que consentida, com menores de 14 anos configura estupro de vulnerável, segundo o código penal brasileiro.
A reação popular é vista como um reflexo da indignação da comunidade diante do crime e da vulnerabilidade da vítima. As autoridades, no entanto, reforçam que a justiça com as próprias mãos não é o caminho legal, sendo o correto entregar o suspeito à Polícia para que responda judicialmente pelos seus atos.



