MPPB e MPF investigam supostas ameaças de morte contra prefeito de Cabedelo e deputado estadual
A denúncia foi formalizada pelo deputado estadual Wallber Virgolino junto ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco)
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) e o Ministério Público Federal (MPF) foram acionados para investigar supostas ameaças de morte contra o prefeito de Cabedelo, André Coutinho (Avante), e o deputado estadual Wallber Virgolino (PL). A denúncia foi formalizada pelo parlamentar junto ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que agora deve apurar as circunstâncias e possíveis responsáveis pelas ameaças.
Segundo a denúncia, as intimidações estariam sendo feitas por meio de perfis falsos em redes sociais e estariam relacionadas à recente reaproximação política entre os dois, que até pouco tempo eram adversários. Virgolino e Coutinho se enfrentaram nas eleições municipais de 2024, vencidas pelo atual prefeito.
Durante aquele período, o deputado denunciou o suposto envolvimento de organizações criminosas na campanha de André. A reaproximação entre os dois se deu nas últimas semanas, quando Wallber afirmou não acreditar que o prefeito tivesse relação com a infiltração do crime organizado na gestão anterior. Coutinho, por sua vez, destacou que durante a campanha, ocupava o cargo de presidente da Câmara de Cabedelo e que não existe nenhuma denúncia relacionada ao Legislativo.
Ainda de acordo com a denúncia, as ameaças teriam começado na última quarta-feira (15), após o gestor cabedelense parabenizar o parlamentar pelas redes sociais. Para Virgolino, o comentário teria desagradado pessoas ligadas ao Comando Vermelho na cidade, que mantêm vínculos com seus adversários políticos.
Ao MPF, Wallber solicitou que “as investigações sejam encaminhadas e correlacionadas à ação penal já em trâmite neste Ministério Público Federal, que apura a interferência de facções criminosas, especialmente do Comando Vermelho (CV), nas campanhas eleitorais do município de Cabedelo, diante da possível conexão entre os fatos”.
Além dos documentos encaminhados ao Gaeco e ao MPF, o deputado também solicitou providências da Assembleia Legislativa da Paraíba, pedindo proteção à sua integridade física.



