Paraíba tem maior alta percentual do país na projeção da safra de grãos 2025/2026
Estado deve colher 120 mil toneladas, segundo levantamento da Conab
A Paraíba é um dos destaques nacionais no primeiro levantamento da safra de grãos 2025/2026 divulgado nesta terça-feira (14) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A projeção indica crescimento de 37,9% na produção do estado em comparação ao ciclo anterior, passando de 87 mil toneladas em 2024/2025 para 120 mil toneladas no novo período agrícola.
O avanço coloca a Paraíba entre os estados com maior crescimento percentual do país, impulsionado por ganhos expressivos de produtividade e estabilidade na área plantada. De acordo com o levantamento, o rendimento médio deve subir de 388 quilos para 531 quilos por hectare, um aumento de 36,8%. A área destinada ao plantio também terá leve ampliação, de 224,2 mil hectares para 226,1 mil hectares, alta de 0,8%.
Entre os grãos cultivados no estado, o milho, o feijão e o arroz lideram o crescimento. O milho deve registrar alta de 43,7%, saltando de 52,6 mil toneladas para 75,6 mil toneladas. O feijão tem previsão de aumento de 28,8%, passando de 30,2 mil toneladas para 38,9 mil toneladas. Já o arroz deve subir 34,3%, com colheita estimada em 4,7 mil toneladas. Em nível nacional, a Conab projeta que a produção total de grãos alcance 354,7 milhões de toneladas em 2025/2026, 0,8% acima do volume recorde de 350,2 milhões obtido na safra anterior. A área semeada também deve crescer 3,3%, chegando a 84,4 milhões de hectares.
A soja segue como principal cultura brasileira, com produção estimada em 177,6 milhões de toneladas, seguida pelo milho, que deve atingir 138,6 milhões nas três safras. O arroz deve somar 11,5 milhões de toneladas, enquanto o feijão tende à estabilidade, com 3 milhões de toneladas previstas.
As exportações brasileiras de milho devem crescer de 40 milhões para 46,5 milhões de toneladas, e o consumo interno passar de 90,5 milhões para 94,5 milhões, impulsionado pela produção de etanol. Já a soja deve manter o Brasil como líder mundial nas exportações, superando 112 milhões de toneladas embarcadas. Mesmo com menor área cultivada, o arroz deve apresentar boa oferta interna e expansão nas vendas externas, que podem chegar a 2,1 milhões de toneladas.



