Dois acidentes com motocicletas deixam quatro feridos em João Pessoa
Segundo o profissional de saúde, havia indícios de embriaguez entre os envolvidos, fator que pode ter contribuído para o acidente
Dois acidentes envolvendo motocicletas deixaram quatro pessoas feridas na noite deste sábado (11), em João Pessoa. As ocorrências, registradas em Paratibe e na BR-230, reforçam a preocupação com o crescimento do número de sinistros envolvendo esse tipo de veículo no estado.
No bairro de Paratibe, duas motocicletas colidiram frontalmente. Segundo o médico James, do SAMU, um dos condutores precisou ser entubado no local, devido à gravidade dos ferimentos. O outro motociclista sofreu lesões, mas permaneceu em estado estável. As vítimas foram levadas ao Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. Testemunhas relataram indícios de embriaguez entre os envolvidos, fator que pode ter contribuído para o acidente.
O segundo caso ocorreu na BR-230, na região do bairro Esplanada, no sentido João Pessoa–Cabedelo. Um motociclista por aplicativo, que transportava uma passageira, perdeu o controle da motocicleta após o estouro de um pneu. O condutor sofreu apenas escoriações, mas a passageira ficou em estado grave, sendo entubada ainda no local antes de ser encaminhada ao Trauma. O médico Christian, que participou do atendimento, informou que o quadro clínico da mulher inspira cuidados intensivos. O acidente gerou lentidão no trânsito até a retirada das vítimas e da moto.
Cenário de crescimento nos acidentes
De acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o número de mortes de motociclistas nas rodovias federais da Paraíba cresceu 14,2% entre 2023 e 2024, passando de 30.985 para 35.640 óbitos. Apenas nos primeiros seis meses de 2025, já foram contabilizados cerca de 1.000 acidentes fatais, mantendo a média anual de crescimento de 1,3%.
No contexto estadual, a Paraíba registrou 6.109 vítimas de acidentes de trânsito em 2024, com uma taxa de 16,2 óbitos por 100 mil habitantes, acima da média nacional de 15,8. Especialistas atribuem o aumento ao crescimento da frota de motocicletas, à falta de infraestrutura viária e ao descumprimento das normas de segurança.



