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Curso de conciliação forma indígenas Potiguara para atuarem nas aldeias

Ação promove acesso à Justiça respeitando tradições e autonomia das comunidades

Por Redação T5 Publicado em
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Formação certifica 36 indígenas Potiguara (Foto: Divulgação)

A partir desta quinta-feira (9), 42 cursistas, sendo 36 indígenas Potiguara dos municípios de Rio Tinto, Marcação e Baía da Traição, receberam os certificados de conclusão do 2º Curso de Conciliação e estão aptos para atuar como conciliadores nas aldeias em que vivem. A entrega aconteceu no distrito de Salema, em Rio Tinto, com o objetivo de promover o acesso à Justiça de forma sensível às tradições e à autonomia das comunidades indígenas.

O Curso de Conciliadores e Mediadores Extrajudiciais Indígenas – Módulo II, realizado em agosto, incluiu aulas teóricas e práticas, com mediação de litígios reais e acordos consignatórios em processos judiciais. A iniciativa foi coordenada pelo Centro Judiciário de Soluções de Conflitos e Cidadania Indígena (Cejusc Indígena) da Comarca de Rio Tinto, em parceria com a Escola Superior da Magistratura da Paraíba (Esma-PB).

O juiz Judson Kildere Faheina, coordenador do Cejusc Indígena, destacou o aprofundamento das práticas no segundo módulo e anunciou planos para um terceiro módulo voltado ao público infantil, introduzindo conceitos de cultura da paz, conciliação e mediação entre crianças indígenas, os curumins, fortalecendo esses valores desde cedo. Para a conciliadora Denise Potiguara, a atuação direta nas comunidades torna o processo mais acessível, eficiente e sensível às realidades locais, contribuindo para desafogar a Comarca de Rio Tinto.

Outro conciliador, Iapinari Potiguara, ressaltou a importância da formação para a resolução de conflitos nas próprias comunidades. A instrutora Celma Freitas destacou que o segundo módulo focou no aperfeiçoamento prático das técnicas de negociação, com apoio de uma escola que ofereceu ambiente adequado e acolhedor.

O curso contou com acompanhamento das instrutoras Celma Freitas e Sirlene Dias de Faria Lopes, do magistrado Judson Kildere e do professor convidado Daniel Valério Martins, além da colaboração das servidoras Jailza Hortêncio da Silva, Maria Inês Mendonça e Iole Fernandes César. Em outubro de 2024, o Cejusc Indígena já havia certificado mais de 45 indígenas que participaram do primeiro módulo em julho.



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