Cesta básica em João Pessoa está entre as cinco mais baratas do Brasil
A capital paraibana aparece na quinta posição entre as capitais com menor custo da cesta básica
A cidade de João Pessoa registrou, no mês de setembro, um dos menores valores médios da cesta básica entre as capitais brasileiras, com custo de R$ 610,93, segundo Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos divulgada nesta quarta-feira (8) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Na capital paraibana, a cesta básica registrou uma queda de 1,79% e o custo médio da cesta básica ficou em R$ 610,93. Dos 12 produtos pesquisados, oito apresentaram redução de preço na capital paraibana. O principal destaque foi o tomate, com queda de 7,60%. Também recuaram os preços do arroz parboilizado (-5,05%), banana (-5,03%), farinha de mandioca (-1,88%), café em pó (-1,23%), carne bovina de primeira (-0,88%), feijão carioca (-0,84%) e leite integral (-0,59%). Por outro lado, quatro itens registraram aumento: óleo de soja (2,37%), pão francês (0,52%), açúcar cristal (0,49%) e manteiga (0,06%).
João Pessoa aparece na quinta posição entre as capitais com menor custo, atrás apenas de Aracaju (R$ 552,65), Maceió (R$ 593,17), Salvador (R$ 601,74) e Natal (R$ 610,27). Todas essas cidades estão localizadas nas regiões Norte e Nordeste, que contam com uma composição diferente da cesta em relação a outras regiões do país.
O levantamento também mostrou que o valor da cesta básica caiu em 22 das 27 capitais entre agosto e setembro, com as quedas mais significativas observadas em Fortaleza (-6,31%), Palmas (-5,91%), Rio Branco (-3,16%), São Luís (-3,15%) e Teresina (-2,63%).
Para o presidente da Conab, Edegar Pretto, os dados refletem o impacto positivo das ações do governo federal no setor de abastecimento. “A redução do custo da cesta básica em boa parte das capitais é sinal importante de que as políticas do Governo do Brasil de abastecimento e apoio à produção de alimentos estão funcionando. A Conab e o Dieese trabalham para garantir transparência nos preços e contribuir com ações que assegurem comida de qualidade e a preços justos na mesa das famílias brasileiras”, avaliou.
Por outro lado, São Paulo manteve o posto de capital com a cesta básica mais cara do país, com valor médio de R$ 842,26.
TOMATE – O tomate teve queda em 26 capitais entre agosto e setembro, com variações de -47,61% em Palmas a -3,32% em Campo Grande. O aumento da oferta, resultado da colheita da safra nacional, ajudou a reduzir os valores no varejo. Apenas Macapá registrou alta (4,41%).
ARROZ – O arroz agulhinha ficou mais barato em 25 das 27 cidades, com destaque para Natal (-6,45%), Brasília (-5,33%) e João Pessoa (-5,05%). Mesmo com as exportações aquecidas, o recorde de produção da safra 2024/25 manteve o excedente interno elevado, o que reduziu as cotações. A única alta ocorreu em Vitória (1,29%), e o preço se manteve estável em Palmas.
AÇÚCAR – O preço do açúcar caiu em 22 capitais, com variações de -17,01% em Belém a -0,26% em São Luís. O aumento da produção nas usinas paulistas e a previsão de maior oferta na Ásia provocaram queda nos preços externos e, consequentemente, no mercado interno. Apenas em Goiânia (0,51%) e João Pessoa (0,49%) o preço médio subiu.
CAFÉ – O café em pó caiu em 14 capitais. As maiores reduções ocorreram no Rio de Janeiro (-2,92%) e em Natal (-2,48%). Apesar da valorização internacional do grão, os preços elevados nos supermercados inibiram a demanda, reduzindo as cotações médias. As maiores altas foram em São Luís (5,10%) e em Campo Grande (4,32%).
BATATA – No caso da batata, coletadas nas cidades do Centro-Sul, em dez capitais o produto ficou mais barato, com reduções do valor médio entre -21,06% em Brasília e -3,54% em Porto Alegre. A queda se deve à maior oferta, com o avanço da colheita da safra de inverno. Só Belo Horizonte apresentou elevação (3,07%).
CARNE BOVINA – Já na carne bovina de primeira, as quedas mais acentuadas ocorreram em Macapá (-2,41%), Natal (-1,13%) e São Luís (-1,03%). A estiagem limitou a oferta, enquanto a baixa demanda impediu altas mais generalizadas. O produto subiu em 16 capitais e caiu em 11. A maior alta foi registrada em Vitória (4,57%).
Trimestre
Entre julho e setembro de 2025, os preços da cesta básica caíram em 25 das 27 capitais brasileiras monitoradas pela pesquisa da Conab e do Dieese. A maior redução foi registrada em Fortaleza, com queda de 8,96%, passando de R$ 738,09 para R$ 677,42, uma diferença de R$ 60,67.
Na sequência aparecem São Luís (-6,51%), Recife (-6,41%) e João Pessoa, que teve uma queda de 6,07% no valor da cesta no período. Apenas Macapá (+0,94%) e Campo Grande (+0,63%) apresentaram alta no custo dos alimentos básicos nos últimos três meses analisados.
A coleta de preços de alimentos básicos foi ampliada de 17 para 27 capitais brasileiras em 2025, resultado da parceria entre a Conab e o Dieese. A iniciativa reforça a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e a Política Nacional de Abastecimento Alimentar. Os primeiros resultados com todas as capitais começaram a ser divulgados em agosto de 2025, com base nos dados de julho.



