Criança de 2 anos é resgatada pelo Conselho Tutelar após ser deixada sozinha em apartamento de João Pessoa
O caso, registrado na manhã desta terça-feira (30), está sendo investigado pela Delegacia da Infância e Juventude por suspeita de abandono e negligência
Uma criança de 2 anos foi resgatada pelo Conselho Tutelar após ser encontrada sozinha em um apartamento no bairro Paratibe, em João Pessoa. O caso, registrado na manhã desta terça-feira (30), está sendo investigado pela Delegacia da Infância e Juventude por suspeita de abandono e negligência.
Segundo relatos de vizinhos, o menino chorava há muito tempo e chegou a ser visto na sacada do imóvel, localizado em um condomínio popular da região do Valentina Figueiredo. A Polícia Militar, acionada pelos moradores, entrou no apartamento e resgatou a criança, que recebeu acolhimento dos vizinhos até a chegada do Conselho Tutelar.
Ao chegarem ao local, os conselheiros encontraram a residência em situação de desorganização, com alimentos estragados e vidros quebrados no chão. A equipe constatou abandono de incapaz e negligência familiar. Documentos da criança e da mãe foram localizados e levados junto com a Polícia Militar à delegacia para registro da ocorrência.
A mãe, de 21 anos, compareceu ao Conselho Tutelar cerca de quatro horas após o resgate, alegando estar em processo de mudança de residência e mencionando familiares do companheiro que estariam vindo de Pernambuco, mas a justificativa não foi considerada suficiente para o retorno imediato da criança.
Diante do cenário, a criança permaneceu em acolhimento institucional até que a avó materna fosse localizada e pudesse assumir a guarda temporária. A avó passou por escuta com assistentes sociais e a criança está sob cuidado de uma equipe técnica da instituição de acolhimento.
O caso está sendo acompanhado de perto pela Delegacia do Menor Vítima, que abriu inquérito para apurar se houve situações anteriores de abandono ou maus-tratos. O Conselho Tutelar reforçou a importância de a população estar atenta a sinais de negligência e de denunciar situações de risco para proteger crianças.
