Criança de 3 anos morre afogada em piscina no Sertão da Paraíba
Os pais encontraram a criança em processo de afogamento e, desesperados, a levaram imediatamente para atendimento em uma Unidade de Saúde
Uma tragédia foi registrada na manhã deste sábado (27) na cidade de Catingueira, no Sertão da Paraíba. O pequeno José Firmino Brunet Alves, de apenas 3 anos, morreu após se afogar em uma piscina.
Os pais encontraram a criança em processo de afogamento e, desesperados, a levaram imediatamente para atendimento em uma Unidade de Saúde, onde foram realizados os primeiros socorros.
Equipes do SAMU do município de Catingueira e Olho D’Água, além da Unidade de Suporte Avançado (USA) de Piancó, chegaram a ser acionadas. No entanto, apesar dos esforços das equipes médicas, o menino não resistiu e foi a óbito. A Polícia Civil também esteve no local para realizar os procedimentos de investigação.
A notícia causou profunda comoção em Catingueira. Em nota oficial, a Prefeitura Municipal lamentou a morte precoce e se solidarizou com a família:
“A Prefeitura Municipal de Catingueira-PB lamenta, com profundo pesar, o falecimento do pequeno José Firmino Brunet Alves. Neste momento de dor, manifestamos nossas mais sinceras condolências aos familiares e amigos, desejando força e conforto a todos.”
Afogamento: dados preocupantes no Brasil
Casos como o registrado em Catingueira reforçam os alertas sobre o afogamento, considerado um dos principais problemas de saúde pública no país.
Segundo estudo divulgado em 2024 pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), com base em dados de 2022, uma pessoa morre afogada a cada 90 minutos no Brasil. O levantamento mostra que o afogamento é a segunda principal causa de morte de crianças entre 1 e 4 anos e a quarta entre jovens de 5 a 24 anos.
Os números apontam ainda que homens têm risco seis vezes maior de morrer por afogamento do que mulheres. Cerca de 40% das vítimas têm menos de 29 anos, sendo que, todos os dias, três crianças morrem afogadas no país.
A maioria das ocorrências ocorre em águas naturais – como rios, açudes e represas – representando 70% dos casos. Crianças menores de 9 anos, no entanto, correm maior risco em piscinas ou em residências.
Prevenção e conscientização
O estudo da Sobrasa reforça que o afogamento deve ser tratado como um incidente prevenível. Estima-se que cada morte por afogamento cause um impacto de aproximadamente R$ 210 mil ao Brasil, considerando custos econômicos e sociais.
Embora os números sejam altos, houve uma redução de 48% na mortalidade por afogamento entre 1995 e 2022, resultado de campanhas educativas e do trabalho de instituições como o Batalhão de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros da Paraíba e da própria Sobrasa.
Especialistas reforçam que a presença de guarda-vidas, o uso de equipamentos de segurança e a supervisão constante de crianças em áreas de banho são medidas fundamentais para evitar novas tragédias.



