Bessa completa 76 anos com crescimento de 140% e valorização imobiliária de 90%
Região que inclui Bessa, Jardim Oceania e Aeroclube se consolidou como terceiro maior polo populacional de João Pessoa
O bairro do Bessa, que celebra 76 anos em setembro, se tornou um dos principais eixos de expansão urbana de João Pessoa. Junto com Jardim Oceania e Aeroclube, a região cresceu 142% em população entre 2000 e 2022, passando a ser a terceira mais populosa da capital, atrás apenas de Mangabeira e Gramame.
Esse avanço impulsionou a verticalização e fez da capital paraibana a cidade com maior índice de prédios do Nordeste. No mesmo período, os imóveis registraram forte valorização: o Jardim Oceania liderou com alta de 89% em seis anos, enquanto o Bessa e o Aeroclube somaram 22,6% e 16,2% em 12 meses, respectivamente, colocando João Pessoa entre as três capitais com maior valorização imobiliária do Brasil.
A mudança também se reflete no comércio. Com o aumento populacional, surgiram novos shoppings, bares, cafeterias e restaurantes, tornando a região movimentada durante o dia e a noite. Equipamentos urbanos como os Parques Parahyba e o futuro Parque da Cidade, no Aeroclube, reforçam a qualidade de vida ao integrar lazer e preservação ambiental.
A história do Bessa remonta ao início do século XX, quando a área era ocupada por pescadores e se destacou como polo de pescado. A ocupação urbana ganhou força a partir da década de 1940, após o desvio do Rio Jaguaribe, e se consolidou em 1998, quando a lei municipal dividiu o bairro em três partes.
Para Pedro César, sócio da Eco Construtora, os números refletem um processo de maturação. “Os dados não surpreendem. Eles são a materialização de um processo de décadas que combinou a beleza natural única do Bessa com investimentos em infraestrutura e empreendimentos residenciais”, avaliou.
Segundo ele, a verticalização foi a resposta natural à demanda crescente. “A pressão populacional sobre um território limitado e valorizado torna a verticalização não apenas inevitável, mas também a solução mais eficiente de ocupação do solo. O desafio contínuo é harmonizar esse crescimento com a infraestrutura urbana”, destacou.
O executivo ainda aponta uma diversificação no perfil dos moradores: “Se antes predominavam famílias em busca de apartamentos amplos, hoje vemos também jovens profissionais, casais sem filhos e até investidores estrangeiros buscando oportunidades nesta região que oferece tudo a uma curta distância”.



