Caso Pedro Henrique: Motorista diz a polícia que motociclista estava em ponto cego
O jovem que seguia para o trabalho em uma motocicleta foi atropelado por um caminhão-caçamba
O motorista do caminhão-caçamba que atropelou o jovem Pedro Henrique de Souza, de 19 anos, no bairro Colinas do Sul, em João Pessoa, prestou novo depoimento à Polícia Civil nesta terça-feira (9). Segundo a corporação, ele afirmou que não percebeu o acidente, pois a vítima estava no ponto cego do veículo, e disse ter acionado o Samu após ser informado sobre a colisão.
O atropelamento aconteceu na manhã de sexta-feira (5), e Pedro Henrique foi socorrido em estado grave para o Hospital de Emergência e Trauma, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no sábado (6). O enterro ocorreu no domingo (7), no Cemitério do Cristo.
De acordo com o delegado Eriberto Maciel, o motorista relatou que trafegava pela faixa esquerda porque a faixa direita estava ocupada por carros estacionados. Ao perceber que a via direita estava livre, ele sinalizou e mudou de faixa, mas não teria visto o motociclista, que estava na área de ponto cego do caminhão.
O suspeito também contou que, após ser informado sobre o acidente, desceu do caminhão, mas foi orientado por terceiros a permanecer no veículo, já que as pessoas no local estariam agitadas. Em seguida, ele retornou ao caminhão e ligou para o Samu, mostrando as ligações à polícia, cuja veracidade ainda será confirmada.
O caminhão permanece com o suspeito e será submetido a perícia ainda nesta terça-feira, conforme informou a Polícia Civil. O motorista já havia registrado boletim de ocorrência no dia do acidente e tem colaborado com as investigações.
Familiares do jovem relataram que Pedro Henrique havia saído de casa para trabalhar como cuidador em uma escola quando foi atingido pelo caminhão. A mãe, Emanuelly Rocha, lamentou a perda do filho: “Meu filho era tudo o que eu tinha de melhor. Eu não consigo imaginar a minha vida daqui pra frente sem ele. Era filho único”, disse.
Testemunhas relataram que houve demora para a chegada de uma ambulância. O Samu informou que enviou inicialmente uma unidade de suporte básico, pois os relatos indicavam apenas dores na coluna. Ao chegar ao local, os socorristas identificaram a gravidade e acionaram uma unidade de suporte avançado.



