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Bom, mas nem tanto

6 em cada 10 moradores do Nordeste separam resíduos recicláveis em casa

Apesar do número, coleta seletiva ainda é desafio

Por Redação T5 Publicado em
Com o descarte correto do lixo, é possível economizar recursos naturais, reduzir a poluição e gerar renda para os profissionais de cooperativas de reciclagem (Imagem: Maples Images | Shutterstock)
Ausência de coleta nas ruas limita efetividade do processo

Seis em cada dez moradores do Nordeste afirmam separar com frequência resíduos recicláveis e orgânicos em casa, aponta pesquisa “Reciclagem no Brasil: hábitos, desafios e percepções da população”, realizada pelo Movimento Plástico Transforma em parceria com o Instituto QualiBest.

O estudo ouviu 843 internautas, sendo 25% da região Nordeste, e destaca que a falta de coleta seletiva nas ruas ou bairros é o principal obstáculo para uma reciclagem efetiva. Quatro em cada dez entrevistados afirmam que a ausência do serviço limita o descarte adequado, mesmo quando realizam a separação doméstica.

Apesar dessa limitação, 74% acreditam que a responsabilidade de reciclar deve começar dentro de casa, enquanto 54% armazenam os resíduos recicláveis em sacos ou lixeiras próprios e 52% limpam as embalagens antes do descarte. Entre os que não possuem coleta seletiva nas ruas, 31% levam os resíduos a pontos de entrega voluntária, com destaque para cooperativas de reciclagem (42%) e pontos de descarte oferecidos por empresas (38%).

O estudo aponta que o plástico é o material mais separado, reconhecido por 92% dos entrevistados como reciclável. No entanto, apenas 34% identificam o poliestireno expandido (Isopor®) como reciclável, e 53% conseguem diferenciar alguns tipos de plástico. Beatriz Geraldes, do Movimento Plástico Transforma, destaca que “é essencial ampliar o acesso à informação e aos pontos de descarte adequados para fortalecer a economia circular e desmistificar o uso do material”.

A preocupação ambiental é o principal motivador para a separação de resíduos, citado por 69% dos participantes, que também associam a reciclagem à redução das mudanças climáticas. A pesquisa mostra ainda que 81% estão dispostos a mudar hábitos para gerar menos resíduos e 50% buscam informações sobre descarte correto regularmente.

O Movimento Plástico Transforma, criado em 2016, promove conteúdos e ações educativas sobre a reutilização e reciclagem de plásticos, incluindo projetos voltados à sociedade que já impactaram milhares de pessoas. Mais informações podem ser acessadas nas redes sociais do movimento: Facebook, Instagram, LinkedIn e YouTube.



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