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Águas do São Francisco começam a ser liberadas a partir da Paraíba para o Rio Grande do Norte

Estações paraibanas desempenham papel estratégico no trajeto de mais de 400 km das águas até território potiguar

Por Redação T5 Publicado em
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Liberação representa avanço na busca por segurança hídrica no semiárido (Foto: ANA)

As águas do Rio São Francisco começaram a ser liberadas na manhã desta terça-feira (5), a partir da Estação de Controle Caiçara, na Paraíba, marcando uma nova etapa do Programa de Integração do Rio São Francisco (PISF). A operação, coordenada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), tem como destino o estado do Rio Grande do Norte, com percurso total de aproximadamente 412 quilômetros.

A água captada em Cabrobó (PE) percorreu 239 km até alcançar o território paraibano. Às 8h, foi liberada da Estação Caiçara, na Paraíba, com vazão inicial de 10 mil litros por segundo (10 m³/s). A próxima etapa do trajeto é o Túnel Engenheiro Avidos, também na Paraíba, que começará a liberar água no dia 6 de agosto, com vazão total de 12,5 m³/s, dos quais 10 m³/s seguirão para o Rio Grande do Norte.

No dia 8, as águas alcançarão o Túnel São Gonçalo, no município de Sousa (PB), após um trajeto de 25 km. A previsão é de que a água chegue à divisa entre a Paraíba e o Rio Grande do Norte entre os dias 18 e 22 de agosto, com vazão combinada de 13,0 m³/s – sendo 8,0 m³/s do PISF e 5,0 m³/s da vazão natural do rio Piranhas-Açu.

As águas liberadas abastecerão as barragens de Oiticica, em Jucurutu, e Armando Ribeiro Gonçalves, o maior reservatório potiguar, situado nos municípios de Itajá, São Rafael e Jucurutu.

Durante cerca de 132 dias de operação, o volume total previsto para entrega ao Rio Grande do Norte é de 46,3 milhões de metros cúbicos, com vazão média de 4,06 m³/s. O mês de agosto servirá como período de testes para ajustes operacionais conforme o comportamento do sistema.

A Paraíba, por onde parte expressiva do trajeto é realizada, tem papel estratégico no projeto, sendo rota essencial para o transporte das águas em direção ao Rio Grande do Norte.

Segundo o ministro Waldez Góes, que percorreu trechos do chamado “caminho das águas”, a liberação representa um avanço na busca por segurança hídrica no semiárido e deve beneficiar milhares de famílias com água para consumo, agricultura e dessedentação animal.



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