Canil clandestino com 32 cães em situação de maus-tratos é fechado em João Pessoa
Animais foram levados ao Hospital Veterinário Público para atendimento médico, avaliação clínica e catalogação
Um canil clandestino foi interditado na manhã desta segunda-feira (28) no bairro do José Américo, em João Pessoa, após denúncias de maus-tratos contra animais. A operação foi conduzida pela Secretaria de Proteção e Bem-Estar Animal da Capital, com apoio da Polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana e Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB).
No local, as autoridades encontraram 32 cães, incluindo filhotes com sarna, carrapatos e piolhos, vivendo em condições insalubres e confinados em espaço reduzido, sem ventilação adequada ou higiene mínima. O imóvel, sem qualquer identificação externa, funcionava como ponto clandestino de criação e possível comércio ilegal de animais, conforme suspeita levantada por publicações em redes sociais onde o proprietário oferecia cães de raça à venda.
Segundo o secretário Guga Pet, os animais foram levados ao Hospital Veterinário Público para atendimento médico, avaliação clínica e catalogação, com posterior encaminhamento para guarda provisória da Prefeitura Municipal de João Pessoa. O futuro dos cães será decidido pela Justiça, que poderá retirar definitivamente a tutela do tutor infrator, possibilitando a adoção responsável.
O responsável pelo imóvel alegou que os cães eram dele, mas não apresentou licença de funcionamento, registro técnico (RT) ou qualquer documentação exigida por lei para operar um canil legal. Vizinhos relataram que o local não era habitado, sendo apenas usado para alojar os animais, sem os devidos cuidados.
O homem foi encaminhado à delegacia em flagrante e poderá responder pelo crime de maus-tratos a animais que prevê pena de 2 a 5 anos de reclusão, multa e proibição da guarda de novos animais.
As autoridades reforçam que a criação de cães ou gatos, especialmente com fins comerciais, exige estrutura adequada, cuidados veterinários, alimentação apropriada e registro legal. A população pode e deve denunciar qualquer suspeita de maus-tratos ou criação irregular pelos canais oficiais da Prefeitura e da Polícia.



