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Em 2025

Paraíba está entre estados com maior comercialização de genéricos no 1º semestre

Demanda é impulsionada pelo envelhecimento populacional e prevalência de doenças crônicas

Por Redação T5 Publicado em
Medicamentosagenciabrasil
Estado ocupa quinta posição nacional no ranking de participação (Foto: Reprodução/Agência Brasil)

As vendas de medicamentos genéricos cresceram no Brasil no primeiro semestre de 2025, com destaque para a região Nordeste. Segundo levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (PróGenéricos), com base em dados da IQVIA, a Paraíba figura entre os estados com maior participação de genéricos nas vendas totais de medicamentos, com 30,56% no período.

O estado ocupa a quinta posição nacional no ranking de participação, atrás de Pernambuco (35,76%), Rio Grande do Norte (32,83%), Piauí (32,01%) e Minas Gerais (30,82%). Os dados apontam para uma forte adesão aos genéricos especialmente em estados nordestinos, onde a combinação entre densidade populacional elevada, preço acessível e infraestrutura de distribuição consolidada fortalece o consumo.

A lista dos dez estados com maior participação de genéricos nas vendas de medicamentos é composta ainda por Alagoas (29,70%), Bahia (29,26%), Sergipe (29,26%), Goiás (28,75%) e São Paulo (28,46%). Este último lidera o volume absoluto, com quase 264 milhões de unidades vendidas.

Entre os medicamentos genéricos mais procurados estão aqueles voltados para doenças crônicas e condições de alta prevalência, como losartana, dipirona sódica, hidroclorotiazida, tadalafila, nimesulida, simeticona, enalapril, sinvastatina, atenolol e anlodipino.

O presidente-executivo da PróGenéricos, Tiago de Moraes Vicente, atribui o crescimento à consolidação da categoria, que já responde por mais de 39% das vendas no mercado farmacêutico brasileiro. Ele destaca que os medicamentos genéricos oferecem segurança, eficácia comprovada e preços em média 69% mais baixos que os medicamentos de referência. Em 2024, o setor movimentou R$ 20,4 bilhões, com crescimento de 13,5% em relação ao ano anterior.

Estudos do IFEPEC/NEIT-Unicamp indicam que 73% das pessoas com mais de 50 anos convivem com pelo menos uma condição crônica, justamente o público que mais consome genéricos. O envelhecimento da população, somado ao aumento da incidência de doenças como hipertensão, diabetes e dislipidemias, deve intensificar ainda mais a demanda nos próximos anos.



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