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Elizabeth Teixeira recebe título de Doutora Honoris Causa da UFPB nesta sexta-feira (18)

A cerimônia será realizada às 17h, no auditório da Reitoria da UFPB, em João Pessoa, e será aberta ao público

Por Carlos Rocha Publicado em
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Elizabeth Teixeira recebe título de Doutora Honoris Causa da UFPB nesta sexta-feira (18) (Foto: Reprodução/ teiadospovos.org)

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) vai conceder, nesta sexta-feira (18), o título de Doutora Honoris Causa à líder camponesa paraibana Elizabeth Teixeira, um dos maiores símbolos da luta pela reforma agrária no Brasil. A cerimônia será realizada às 17h, no auditório da Reitoria da UFPB, em João Pessoa, e será aberta ao público.

A homenagem reconhece o legado histórico e social de Elizabeth, natural de Sapé, que dedicou a vida à defesa dos direitos dos trabalhadores rurais. A solenidade será presidida pela reitora Terezinha Domiciano e contará com apresentações musicais de Adeildo Vieira, do Coral Nossa Voz e do artista João Muniz, que interpretarão canções em tributo à homenageada, que completou 100 anos em fevereiro deste ano.

A iniciativa partiu do Departamento de Ciências Sociais Aplicadas do Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias (CCHSA), através da pesquisadora Iranice Gonçalves Muniz. A proposta foi aprovada por aclamação durante reunião do Conselho Universitário (Consuni) no dia 13 de maio.

Elizabeth Teixeira tornou-se referência nacional após assumir, em 1962, a liderança das Ligas Camponesas, movimento criado por seu marido, João Pedro Teixeira, assassinado por defender os direitos dos trabalhadores do campo. Após o crime, ela passou a ser perseguida por latifundiários e pela ditadura militar, foi presa, teve a casa incendiada e os filhos separados. Viveu na clandestinidade por anos, mas nunca abandonou a causa.

Sua história de resistência foi eternizada no documentário “Cabra Marcado para Morrer” (1984), dirigido por Eduardo Coutinho, e também no livro “Eu marcharei a sua luta: a vida de Elizabeth Teixeira” (1997), escrito pelas pesquisadoras Lourdes Maria Bandeira, Neide Miele e Rosa Maria Godoy, da própria UFPB.



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