Suspeito de arrastar ex-namorada em carro na Paraíba ainda não foi ouvido pela Polícia
A vítima sobreviveu, foi socorrida por uma viatura da Polícia Militar e levada ao hospital, onde recebeu atendimento médico
Uma mulher foi arrastada por um carro em uma das principais avenidas do bairro de Manaíra, em João Pessoa, durante a tarde do último domingo (13). A vítima sobreviveu, foi socorrida por uma viatura da Polícia Militar e levada ao hospital, onde recebeu atendimento médico. Ela registrou boletim de ocorrência e já conta com uma medida protetiva. O agressor, segundo relato da vítima, é o ex-namorado.
As imagens do crime ganharam repercussão nas redes sociais nesta semana. O vídeo foi gravado por uma testemunha que seguia logo atrás do veículo onde ocorreu a agressão. O casal que estava no carro de aplicativo flagrou a cena e se dirigiu à delegacia mais próxima, localizada a apenas dois minutos do local do fato, na tentativa de registrar o caso.
Segundo a testemunha, ao chegar na unidade, foi informada de que apenas a vítima poderia formalizar a denúncia. A Polícia Civil, por sua vez, afirma que a testemunha se recusou a registrar o boletim, mas que, ainda assim, a delegacia acionou a PM e foi informada de que a vítima já estava sob acompanhamento.
De acordo com a coordenadora das Delegacias da Mulher, delegada Maria Sileide de Azevedo, a Polícia Civil já deu início às investigações. Foram realizados exames traumatológicos e oitivas, e o caso pode ser enquadrado como tentativa de feminicídio, uma vez que a violência foi praticada de forma intencional e reiterada. “Desde a agressão física, passando por ameaças verbais, até as lesões corporais constatadas, tudo está sendo apurado para responsabilizar o autor criminalmente”, afirmou a delegada.
O relato da testemunha que filmou a agressão é contundente: “Ele arrancava com o carro e ela era arrastada pelo chão, pelas costas, pernas e nádegas. Não havia como não perceber. Foi uma tentativa clara de homicídio”.
A vítima sofreu escoriações múltiplas e uma fratura, mas conseguiu sobreviver. A Polícia Civil tem até 30 dias para concluir o inquérito policial. Até o momento, o suspeito ainda não foi ouvido pelas autoridades.



