Criança de 2 anos é atacada por cachorro da família e socorrida ao Hospital de Trauma em João Pessoa
A criança foi acolhida pela equipe hospitalar e passou por atendimento médico
Uma criança de dois anos foi levada às pressas para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa na noite desta quinta-feira (10), após ser atacada pelo cachorro da família. Segundo informações apuradas pela repórter Vanessa Braz, da TV Tambaú, a menina foi socorrida em veículo particular, e a mãe chegou ao hospital muito abalada e descalça. O caso aconteceu no bairro do Geisel.
A criança foi acolhida pela equipe hospitalar e passou por atendimento médico. Ainda não foram divulgadas informações atualizadas sobre o estado de saúde dela. Ela e os pais vieram da Suíça para passar uns dias na casa da avó, na capital paraibana. A família da avó é a tutora do animal.
Especialistas alertam que crianças menores de cinco anos estão entre as mais vulneráveis a esse tipo de acidente, por não reconhecerem sinais de alerta nos animais. Mesmo cães considerados dóceis podem reagir de forma agressiva se se sentirem ameaçados.
De acordo com o Hospital Infantil Sabará, em São Paulo, o número de mordidas de cães em crianças é significativamente maior do que em adultos. As partes do corpo mais afetadas são mãos, braços, pernas e rosto – esse último exigindo atenção redobrada.
A mordida de cachorro pode causar ferimentos graves, como perfurações, dilacerações e infecções, mesmo quando superficiais. A boca dos cães contém mais de 300 microrganismos, entre bactérias, fungos e vírus, o que pode provocar complicações médicas se os primeiros cuidados não forem adotados corretamente.
Entre as recomendações médicas estão: lavar o local com água e sabão, desinfetar com álcool ou iodo, estancar o sangramento e verificar a vacinação antitetânica da criança. É fundamental buscar atendimento médico imediato.
Outro risco importante é o da raiva, doença viral quase sempre fatal quando não tratada. Mais de 90% dos casos de raiva humana são causados por mordidas de cães não vacinados, segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Após o ataque, o cão deve ser isolado, e é preciso informar a situação vacinal do animal. A observação por 10 dias é recomendada para verificar sinais da doença. Se não houver vacinação válida, o cão pode ser submetido à quarentena ou, em casos extremos, sacrificado.
Para prevenir acidentes, especialistas indicam adestramento com métodos positivos, respeito aos sinais corporais dos cães e supervisão constante durante a interação entre crianças e animais, principalmente desconhecidos.



