Paraíba registra redução expressiva nos casos de sífilis congênita no 1º semestre de 2025
Foram notificados 94 casos, uma queda de 113 em relação ao mesmo período de 2024
Uma redução expressiva nos casos de sífilis congênita foi registrada na Paraíba no primeiro semestre de 2025, segundo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Foram notificados 94 casos, uma queda de 113 em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 207 casos. A taxa de incidência caiu de 9,5% para 4,4%.
Também houve redução nos casos em gestantes, que passaram de 501 para 459. Já os casos de sífilis adquirida, transmitida por relações sexuais, aumentaram, subindo de 1.104 para 1.246.
O diagnóstico e tratamento precoce da sífilis na gestante são essenciais para evitar a transmissão para o bebê, que pode causar aborto, natimorto e problemas de desenvolvimento. Os testes devem ser feitos na primeira consulta do pré-natal, no início do terceiro trimestre e no parto. O tratamento indicado é com benzilpenicilina benzatina.
Joanna Ramalho, chefe do Núcleo IST/Aids, atribui a queda ao fortalecimento do pré-natal, com distribuição de testes e tratamento eficaz em todo o estado. “A redução dos casos representa um avanço importante para a Paraíba no combate à transmissão vertical da doença”, afirmou.
A maior concentração dos casos de sífilis congênita está na 1ª Região de Saúde, com João Pessoa liderando os registros (48 casos), seguida por Bayeux e Campina Grande, com oito casos cada.
A SES reforça a necessidade de investigação e monitoramento rigoroso dos casos pelas equipes municipais para manter o controle da doença.



