Filhote de macaco-galego, espécie ameaçada, passa a viver sob cuidados da Bica, em João Pessoa
Expectativa é que, quando atingir a maturidade, o animal possa ser reintroduzido à natureza
O Parque Zoobotânico Arruda Câmara, conhecido como Bica, ganhou um novo morador: um filhote de macaco-galego (Sapajus flavius), espécie criticamente ameaçada de extinção. O animal, com cerca de dois meses e meio de vida, foi encaminhado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e está sob os cuidados do setor de neonatologia do parque.
De acordo com a bióloga Andrea Cavalcanti, responsável pela área, o filhote se encontra em fase de aleitamento, passando por avaliações clínicas, alimentação controlada e acompanhamento comportamental. Essas medidas são consideradas essenciais para o desenvolvimento saudável do animal. “Ele brinca mais do que realmente come, então, não podemos garantir sua nutrição por meio da alimentação sólida”, afirmou a especialista.
A expectativa é que, quando atingir a maturidade, o animal possa ser reintroduzido à natureza. No entanto, também existe a possibilidade de que ele seja integrado gradualmente ao grupo de macacos-galegos já existente na Bica, permanecendo sob monitoramento técnico contínuo.
A chegada do filhote reforça o compromisso do parque com a conservação da fauna silvestre brasileira. O macaco-galego foi considerado extinto na natureza por décadas, até ser redescoberto na Paraíba, em 2006. Desde então, ações voltadas à reabilitação, resgate e reprodução em cativeiro têm sido decisivas para a preservação da espécie.



