Censo 2022: Mais de 46 mil pessoas na Paraíba têm diagnóstico de autismo
Pela primeira vez na história, o Censo incluiu dados sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) na população brasileira
O Censo Demográfico 2022 identificou 46.560 pessoas com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) na Paraíba. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que a maioria dos casos está entre crianças. Esta é a primeira vez que o Censo inclui informações sobre o transtorno na população brasileira.
Conforme o levantamento, o TEA é mais prevalente entre os homens do que entre as mulheres. Enquanto 1,5% da população masculina apresenta diagnóstico declarado, entre as mulheres o índice é de 0,9%. Isso equivale a 28.865 homens e 17.695 mulheres oficialmente diagnosticados com o transtorno.
A maior concentração de casos, no entanto, está na faixa etária de 5 a 9 anos. Nessa idade, 3,2% das crianças têm diagnóstico de TEA. O número é ainda mais expressivo entre os meninos: 4,7% deles foram identificados com o transtorno, totalizando 6.570 casos.
Os dados ainda indicam que a identificação do TEA ocorre com maior frequência durante a infância. Segundo o Censo, 21.180 crianças de 0 a 14 anos foram diagnosticadas com o transtorno, com maior incidência entre os mais novos, com 2,6% com idade de 0 a 4 anos tendo o diagnóstico confirmado. Entre os que têm de 10 a 14 anos, o índice é de 2%.
Analisando o perfil demográfico, o diagnóstico é mais comum entre pessoas pardas (24.164), seguidas das brancas (18.867), pretas (3.187), indígenas (281) e amarelas (61).
O IBGE frisou que os dados foram obtidos a partir de autodeclarações. Os responsáveis pelos domicílios informaram se algum morador havia sido diagnosticado com TEA por um profissional de saúde.
A nível de Brasil, o Censo 2022 revelou que 2,4 milhões de brasileiros têm diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista, o que representa 1,2% da população nacional. A condição é mais comum entre os homens, que somam 1,4 milhão de casos (1,5%), enquanto entre as mulheres o total chega a 1 milhão (0,9%).
A maior taxa de prevalência foi registrada entre crianças de 5 a 9 anos, com 2,6% das pessoas nessa faixa etária diagnosticadas com TEA.
Pela primeira vez na história, o Censo incluiu dados sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) na população brasileira. A iniciativa representa um avanço significativo na produção de informações que podem orientar a criação e o aprimoramento de políticas públicas voltadas à inclusão e ao cuidado das pessoas com autismo no país.



