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Como identificar o "café fake" e evitar enganos na hora da compra

Produtos se destacam pela embalagem que imita a do café tradicional, mas apresentam um preço bem mais baixo

Por Redação T5 Publicado em
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Como identificar o "café fake" e evitar enganos na hora da compra (Foto: Pixabay)

Nos últimos meses, um tipo de café adulterado, conhecido como “café fake”, tem ganhado destaque no mercado devido ao seu preço muito baixo. Em novembro de 2024, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) emitiu um alerta informando que sete marcas e lotes de café torrado são impróprios para consumo. As marcas envolvidas são Conquista, Cooperbac, Fino Sabor Superior, Rio Preto, Pedrosa, Caseiro Mineiro e Café Pioneiro.

O que é o "Café Fake"?

Popularmente conhecido como “café fake”, esse produto é composto por uma mistura de grãos de café com outros elementos que comprometem a sua qualidade. Cascas, folhas e até mesmo terra foram identificados em alguns lotes de café adulterado, conforme levantamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Embora muitos consumidores saibam da baixa qualidade do produto, o preço muito mais barato tem levado parte da população a optar por essa alternativa, principalmente em tempos de inflação elevada, onde o preço do café tradicional aumentou quase 50% no último ano.

De acordo com Pavel Cardoso, presidente da Abic, o "café fake" é uma fraude e está fora dos preceitos do Código do Café, norma que certifica a qualidade do produto no Brasil. A comercialização desse tipo de café não segue as normas de segurança e qualidade estabelecidas, colocando em risco a saúde dos consumidores. A ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados) e diversas associações estaduais de mercados já receberam alertas, reforçando a necessidade de fiscalização rigorosa para evitar a circulação desses produtos.

Como identificar o "Café Fake"?

Para evitar o consumo de produtos adulterados, é essencial que os consumidores fiquem atentos a alguns sinais, como:

  • Leitura cuidadosa do rótulo: Produtos com descrições como “bebida sabor café” ou “mistura para café” indicam que o produto não é feito exclusivamente de grãos de café.
  • Selo ABIC: A ABIC certifica apenas cafés de qualidade, e a ausência desse selo é um forte indicativo de que o produto pode estar adulterado.
  • Coloração e aspecto do pó: O café com aspecto escuro e oleoso pode ter sido submetido a uma torra carbonizada, o que compromete sua qualidade.
  • Preço muito baixo: Se o café custa muito abaixo da média de mercado, é provável que ele contenha impurezas ou seja uma versão adulterada.

Nas prateleiras dos supermercados, o “café fake” é comercializado com embalagens que imitam as dos cafés tradicionais, mas com preços significativamente mais baixos. Um quilo do produto pode ser encontrado por R$ 32, metade do valor do café genuíno. Pavel Cardoso, presidente da Abic, destaca que esses produtos estão tentando enganar os consumidores ao associar-se à recente valorização do café devido a fatores como crises climáticas e aumento na demanda global.

O café brasileiro, reconhecido mundialmente pela sua qualidade, segue normas rigorosas de classificação, levando em consideração defeitos dos grãos, sabor, doçura e acidez. Ao consumir produtos que não atendem a esses padrões, o consumidor não só se expõe a riscos à saúde, mas também à perda da experiência de saborear um café legítimo.

Em um cenário de crescente conscientização sobre a qualidade dos produtos alimentícios, o alerta da ABIC reforça a importância da vigilância do consumidor, que deve estar atento a cada detalhe nas prateleiras, para garantir que o que está consumindo seja, de fato, um produto de qualidade.



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