Apenas 10% das gestantes no mundo praticam atividade física, afirma OMS
Médico alerta para benefícios e cuidados na prática de exercícios durante a gestação

A prática de atividades físicas durante a gestação é essencial para a saúde da mãe e do bebê, mas apenas 10% das gestantes seguem essa recomendação, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O ginecologista e obstetra Guilherme Carvalho, especialista em Reprodução Humana pelo Hospital Sírio Libanês, reforça a importância de ao menos 150 minutos semanais de exercícios aeróbicos leves, que podem prevenir condições como pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e depressão pós-parto, além de melhorar o ambiente intrauterino.
De acordo com o especialista, a prática regular libera hormônios como endorfina e serotonina, promovendo sensação de bem-estar e auxiliando no desenvolvimento da placenta. Ele alerta contra condutas médicas que proíbem atividades físicas no início da gravidez, destacando que não há estudos que justifiquem essas restrições.
Entre as práticas mais indicadas para gestantes estão caminhadas leves, yoga, hidroginástica e pilates. Essas atividades ajudam a melhorar a circulação, aliviar tensões e fortalecer a musculatura, mas devem ser adaptadas às condições individuais de cada gestação. “É fundamental que as gestantes consultem seus médicos para definir a atividade mais adequada. Além disso, devem evitar exercícios de alto impacto, manter boa hidratação e realizar as práticas em ambientes adequados. Caso surjam sinais como fadiga, tontura ou desconforto, é necessário ajustar a intensidade ou interromper a atividade”, orienta o Dr. Guilherme.
Existem situações específicas em que a prática de exercícios não é recomendada, como em casos de doenças respiratórias ou cardíacas graves, histórico de trabalho de parto prematuro, descolamento de placenta, insuficiência cervical ou sangramento persistente. O acompanhamento médico é indispensável para garantir que a prática esportiva seja segura e traga benefícios à gestante e ao bebê.