Academia divulga lista de pré-indicados ao Oscar 2025 nesta terça-feira (17)
‘Ainda Estou Aqui’ busca vaga em melhor filme internacional
A Academia de Ciências e Artes Cinematográficas divulga, nesta terça-feira (17), a lista de pré-indicados ao Oscar 2025, e uma das grandes apostas é o filme brasileiro Ainda Estou Aqui, de Walter Salles. Com a expectativa de figurar entre os 15 filmes selecionados na categoria Melhor Filme Internacional, o longa tem gerado grande repercussão e está entre os favoritos para uma possível indicação.
Ainda Estou Aqui, que representa o Brasil na disputa, já vem ganhando destaque internacional. O filme é uma adaptação da história de Eunice Paiva, esposa de Rubens Paiva, militante desaparecido durante a ditadura militar brasileira. A atuação de Fernanda Torres no papel de Eunice tem sido especialmente elogiada, com críticos apontando que ela tem chances reais de concorrer ao Oscar de Melhor Atriz, apesar da forte concorrência de grandes nomes como Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Antes da divulgação oficial dos pré-indicados, o filme já conquistou críticas positivas de veículos renomados, como o New York Times e a BBC. O New York Times elogiou a atuação de Fernanda Torres e avaliou que a atriz tem a oportunidade de seguir um caminho semelhante ao de sua mãe, Fernanda Montenegro, em termos de reconhecimento internacional. Mesmo diante de concorrentes pesados, o artigo sugere que Torres tem potencial para uma indicação ao Oscar.
A BBC, por sua vez, destacou a "performance de notável força discreta" de Torres e a maneira como o filme aborda o luto e as repercussões políticas de uma forma sensível e profunda. A crítica britânica apontou que Ainda Estou Aqui cria uma representação única dos efeitos duradouros das tragédias pessoais e políticas, o que faz o filme se destacar no cenário internacional.
Outros críticos também têm se mostrado entusiasmados com o filme de Walter Salles. O Deadline chamou Ainda Estou Aqui de "uma carta de amor ao Brasil", ressaltando sua conexão emocional com o país. Já o The Guardian o descreveu como um "drama sombrio e sincero", focado nos desaparecidos da ditadura. A Variety elogiou a melancolia do filme, destacando que, embora as cenas mostrem momentos felizes, a memória de eventos passados traz uma tristeza inerente.



