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EM ENTREVISTA

“Eu peguei minha filha morta nos braços”, diz mãe de menina baleada em Bayeux

A menina foi socorrida para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa

Por Rinaldo Pedrosa Publicado em
Menina foi socorrida para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa
Menina foi socorrida para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa (Foto: Verinho Paparazzo/RTC)

A mãe da criança de oito anos baleada em Bayeux, na Grande João Pessoa, na última segunda-feira (27), contou sobre os momentos de tensão vividos na ação que resultou no tiro sofrido pela filha. A mulher acredita que a menina sairá com vida do hospital em que está internada em estado grave.

A mulher, que não quis se identificar, relatou como toda situação aconteceu. "Por volta das 8h, liguei para o meu pai para levar minha pequenininha de 2 anos (para o médico), porque estava botando sangue pelo nariz. Como não podia deixar ela sozinha, levei elas duas. Quando saímos e chegamos perto da floricultura, assim que eu desci do carro para comprar medicamentos, começou os tiros." 

Eu gritei para meu pai sair com o carro, mas ele não escutou. Vieram três bandidos pulando em frente ao carro do meu pai, eu gritei que tinha criança no carro, quando os tiros aconteceram e eles correram. 'Eu peguei minha filha morta nos braços'.

Por fim, a mãe da menina afirma que tem fé que a filha sairá dessa situação com vida. "O pessoal do hospital falou que ela está evoluindo bem. Mas a única resposta vem do senhor. Quem tá tratando é Jesus. Muitos achavam que era impossível, mas para ele é possível.", contou a mulher à TV Correio.

Estado de saúde

Em função da grave lesão na cabeça, o médico e diretor da unidade, Laécio Bragante, informou que para reduzir a pressão no crânio - típica do modelo de trauma sofrido - o cérebro ganha em volume. A declaração foi feita durante entrevista à equipe do programa O Povo na TV, da TV Tambaú/SBT.

Precisamos retirar uma parte do osso para que a pressão fosse reduzida”, disse. A partir daí, as menina foi “mantida em sedação e assim deve ser mantida por pelo menos 72 h, até que novos exames sejam realizados”, completou.

Ainda segundo o especialista, familiares acompanham a evolução do quadro de saúde. “A mãe tem acesso pleno, fica com a criança. O pai da mesma forma. Além disso, eles têm acesso às informações a cerca do estado de saúde e a cerca dos procedimentos que são feitos”, finalizou.


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