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8 de outubro

Dia do Nordestino: orgulho de ser daqui

Dia 8 de outubro, dedicado especialmente ao povo do Nordeste do Brasil, Portal T5 apresenta crônica do repórter Cristiano Sacramento

Por Cristiano Sacramento Publicado em
Caminhada do Forró, um dos principais eventos da região em varolização à cultura local
Caminhada do Forró, um dos principais eventos da região em varolização à cultura local (Foto: Divulgação / Prefeitura do Recife)

Na região dos festejos, celebra-se a chuva que cai transformando paisagens, ofertando expectativas. Ora-se à São José. Comemora-se a fartura da colheita e divide-se um sentimento comum: o de ser daqui. Em noves estados um elo costurado em renascença por costumes e particularidades. Da religiosidade à música; do ritmo de Jakson à criatividade de Gonzaga.

É no Nordeste brasileiro que solidariedade é característica, traço comum de quem sempre tem um prato a mais para servir à mesa - compartilhando cuscuz, bode ou um simples pedaço de pão.

De quem tem praia, paraísos e cachaça. Da terra da Copa. Do regional futebolístico com alma de mundial que, na força do aboio, mostra nossas cores e paixões.

Futebol, política e religião aqui se discute com a mesma intensidade do voo de um carcará diante da presa. É aqui, onde todo dia se nutri com a certeza que o sol, assim como o carro pipa, há de passar. E que no São João os encontros são garantias, como as obras vitalinas.

Feliz do forró que é 8 de outubro. Feliz é o dia que referencia a grandeza de quem, mesmo entre revoluções, enfrenta mazelas seculares e ao mesmo exala firmeza.

Aos leitores, uma indicação de canção para este domingo:

Chuva de Honestidade

Eu pensei que tivesse resolvida
Essa forma de vida tão medonha
Mas ainda me matam de vergonha
Os currais, coronéis e suas cercas

Eu pensei nunca mais sofrer da seca
No Nordeste do século vinte e um
Onde até o voo troncho de um anum
Fez progressos e teve evolução

Eu sei que a chuva é pouca e que o chão é quente
Mas tem mão boba enganando a gente
Secando o verde da irrigação

Não, eu não quero enchentes de caridade
Só quero chuva de honestidade
Molhando as terras do meu sertão

Composição: Flávio Leandro


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