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Caso Maria Victória: inquérito pode ser concluído ainda esta semana

A adolescente de 14 anos foi assassinada no distrito de Galante, na região de Campina Grande

Por Carlos Rocha Publicado em
Familiares e amigos de Victória Aragão fazem mobilização em Galante, na PB
Familiares e amigos de Victória Aragão fazem mobilização em Galante, na PB (Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal)

A Polícia Civil, através do delegado Ramirez São Pedro, confirmou, nesta segunda-feira (11), que o assassinato da adolescente Maria Victória Aragão, de 14 anos, ocorrido no Distrito de Galante, região de Campina Grande, Agreste da Paraíba, foi cometido por adolescentes. A conclusão do inquérito está sendo antecipada e detalhes adicionais serão divulgados em uma entrevista coletiva. A expectativa é que aconteça até a próxima sexta-feira (15).

De acordo com as autoridades policiais, não há mais dúvidas de que o crime foi praticado exclusivamente por adolescentes que tinham algum tipo de proximidade com Maria Victória. A investigação agora está concentrada na conclusão do inquérito e no encaminhamento do caso para a promotoria da infância e juventude, aguardando autorização judicial para a divulgação de mais informações.

As circunstâncias em que o corpo da vítima foi encontrado apontam para um cenário perturbador, sugerindo a possibilidade de algum tipo de ritual macabro. Detalhes sobre o desenrolar do crime, conforme traçado pelos investigadores, serão apresentados durante a entrevista coletiva.

O delegado Ramirez São Pedro informou que a investigação está adiantada, superando o prazo inicial de 30 dias estipulado para concluir o inquérito. A confissão de alguns participantes do grupo apontado como autor do crime, aliada a provas técnicas e depoimentos de testemunhas, tem sido, segundo ele, fundamental para acelerar o esclarecimento do caso.

O caso

Maria Victória Aragão, que estava desaparecida na região de Campina Grande, foi encontrada morta em uma área de mata. A confirmação de sua identidade veio através de análises técnicas, incluindo exames de DNA, realizados pelo Instituto de Polícia Científica da Paraíba (IPC-PB).

A tragédia começou quando o avô da menina fez a primeira identificação, reconhecendo o corpo pelo anel que ela usavae também a cor do esmalte. No entanto, a confirmação oficial veio através do exame de DNA realizado com a mãe da vítima, que mora no Rio de Janeiro e viajou até a Paraíba quando soube do desaparecimento da filha.

A polícia suspeita que a jovem tenha sido vítima de um ritual macabro, mas os detalhes sobre o que aconteceu, como o ritual foi conduzido, e por quais motivos ainda estão sendo investigados. A linha de investigação indica a possível participação de uma pessoa maior de idade que teria liderado essa ação criminosa. Seria uma mulher de 18 anos.

O caso tem gerado grande comoção entre os moradores de Galante, onde Victória nasceu e foi criada. Moradores e amigos realizaram, na manhã da quinta-feira (7) mobilizações pedindo justiça e homenagens em memória da jovem.

Além da dor pela perda, a família enfrenta a angústia da espera pela liberação do corpo de Victória. Segundo a mãe, esse processo pode levar de 30 a 90 dias, já que a causa da morte e outros aspectos estão sendo minuciosamente investigados, incluindo a possibilidade de substâncias corrosivas terem sido utilizadas no crime.

Victória era descrita como uma jovem calma, tranquila e serena, que nunca havia dado problemas. Para a família e amigos, a tragédia é ainda mais difícil de compreender, já que a jovem não estava envolvida em situações problemáticas.

O desfile cívico que estava previsto para acontecer em Galante, onde Victória participaria, foi adiado devido à situação. No entanto, colegas da jovem planejam realizar uma homenagem à sua memória.

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