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Estudante revela impacto de agressões durante relacionamento com médico

Rafaella Lima concedeu entrevista à TV Tambaú e deu detalhes da relação com o médico João Paulo Casado

Por Rinaldo Pedrosa Publicado em
Rafaella Lima concedeu entrevista à TV Tambaú
Rafaella Lima concedeu entrevista à TV Tambaú (Foto: Reprodução / TV Tambaú)

A enfermeira e estudante de medicina, Rafaella Lima, de 32 anos, concedeu entrevista à TV Tambaú e contou detalhes da relação que teve com o médico João Paulo Souto Casado. A jovem diz ter sido vítima de inúmeras agressões do ex-companheiro, que é investigado pelo crime.

Rafaella Lima afirma que as agressões físicas e verbais aconteciam em casa e na rua. "Eu fui agredida outras vezes dentro de casa, quando estava só eu e ele. Era a mesma coisa na frente das câmeras [...] Sempre tentava me humilhar, me diminuir… Sempre dizia que eu não ia chegar a lugar nenhum e que eu necessitava dele."

A vítima conta que fotografou hematomas das agressões para que tivesse provas do crime.  "Eu já entendia que aquilo era algo errado e que precisaria daquilo (as imagens). Se, com todas as provas e todos os vídeos, ainda me questionam, imagina só com as palavras."

Um dos vídeos que mais circulou nas redes sociais, remonta a uma agressão em um elevador de prédio. Sobre esse caso, Rafaella afirma que tentou apaziguar a situação. "A gente tinha pego a criança em casa e ele tava reclamando de algo. Eu só tentei dizer ‘tá bom, João’, mas a última palavra tem que ser a dele. Ele se sente ofendido, se sente como se fosse um atrevimento meu estar respondendo ele."

A enfermeira diz que o tempo de relação com o médico foi considerado perdido. "Eu gostei muito dele. Estive com ele para construir algo e me deixei levar por tudo que ele sonhou junto comigo. Agora, perdi muito tempo. São 4 anos jogados no lixo. Me sinto perdida.".

Por fim, Rafaella deixa um recado para outras vítimas de agressões. "(O recado é que) Ela pare de pensar ao redor e pense nela. Julgamentos virão de todos os lados e depois que ela conseguir realizar, ela tem paz. Mesmo que seja uma pessoa que venha a ser exposta, como eu, ela vai ter paz. Ela vai dormir com a certeza que outra mulher não vai passar por isso."

Confira a entrevista exibida na TV Tambaú:

Denuncie

Se você sofre ou presenciou algum tipo de violência contra as mulheres, denuncie. Em caso de emergência, a mulher ou alguém que presencie alguma agressão, pode pedir ajuda por meio do telefone 190, da Polícia Militar.

Na Paraíba, as denúncias podem ser feitas também em qualquer uma das Delegacias da Mulher (Deam) espalhadas em todas as regiões, além do plantão 24 horas na Deam Sul de João Pessoa, que funciona na Central de Polícia.

Além desses locais, o denunciante poderá utilizar os telefones 197 (Polícia Civil), 190 (Polícia Militar, para chamado de urgência) ou o 180 (número nacional de denúncia contra violência doméstica). Outra opção é fazer um registro da denúncia através da delegacia online no endereço: www.delegaciaonline.pb.gov.br

Denúncias de violência contra mulheres também podem ser feitas pelo WhatsApp. Para isso, basta enviar uma mensagem para o número (61) 9610-0180 pelo aplicativo ou pelo link https://wa.me/556196100180?text=oi.


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