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Bebê abandonado em lixeira na PB morreu por asfixia, conclui perícia

Crime que ocorreu em Cabedelo, na Região Metropolitana de João Pessoa, completa cinco meses nesta terça (22)

Por Cristiano Sacramento Publicado em
Momento do abandono foi registrado por câmeras de segurança
Momento do abandono foi registrado por câmeras de segurança (Imagem: Reprodução)

O abandono do recém-nascido em uma lixeira na cidade de Cabedelo, no Litoral Norte da Paraíba, completa cinco meses nesta terça-feira (22). Os suspeitos do crime são os genitores da criança, que devem ser indiciados em breve, com a conclusão do inquérito pela Polícia Civil. O fim das investigações acontece diante do recebimento de um último laudo de exames, que comprovam o que era uma dúvida para a polícia: o menino nasceu com vida e respirou após o parto. A informação foi confirmada ao Portal T5 por fontes ligadas à Secretaria de Segurança Pública. A causa da morte é asfixia, que não foi detalhada.

Nesse período de investigações, o corpo da criança poderia ter sido enterrado pela família, mas isso não aconteceu. O recém-nascido continua na sede do Instituto de Polícia Científica (IPC) aguardando sepultamento e a emissão de toda documentação para liberação, inclusive, de um nome. A expectativa é para a conclusão do inquérito até o fim deste mês.

Abaixo, o Portal T5 monta uma linha do tempo com destaques importantes sobre o caso

  • 22 de março

O recém-nascido foi encontrado sem vida por um catador de material reciclável no bairro de Intermares horas após ser colocado em um tambor de lixo. Vídeo mostra possível abandono

Após investigações, a Polícia Militar (PM) encontrou possíveis responsáveis pelo recém-nascido. No mesmo dia, eles - que são estudantes de medicina - foram encaminhados à Central de Polícia Civil da capital paraibana. A dupla foi liberada após ser ouvida. Segundo a delegada Luísa Correia, à época não havia material técnico para circunstanciar a prática de um crime.

  • 5 de abril

Foi realizada coleta de DNA, que atestou que o homem flagrado deixando a criança no lixo é o genitor. Ainda no mesmo período, na delegacia, a jovem de 21 anos disse que não desconfiava da gravidez e a barriga não ficou aparente.

Após o teste, foi constatada a gestação. Em depoimento, alegou que se preparava para contar à família, porém entrou em trabalho de parto - que aconteceu na casa onde mora. Segundo ela, o abandono decorreu de uma situação de desespero. No Instituto de Polícia Científica (IPC), o corpo do bebê foi submetido a exames cadavéricos, para confirmação da causa da morte.

  • 22 de junho

Três meses depois, o corpo do bebê não foi retirado do IPC pelos responsáveis. À época, ao Portal T5, a perita e chefe da unidade, Cristiane Helena, informou que a defesa da família apresentou um requerimento realizado à Polícia Civil para que o corpo do bebê permaneça no IPC até a conclusão do inquérito. "Como se trata de um corpo pequeno, que não vai tomar espaço ou atrapalhar nossa operação, está mantido aqui", afirmou.

Investigações e defesa

Nossa reportagem procurou a delegada Vanderléia Gadi, responsável pelas investigações acerca do caso. Segundo ela, após a recepção de todos os documentos necessários, a conclusão do caso deve acontecer ainda no mês de agosto. “Essa é nossa expectativa”, concluiu.

O Portal T5 também procurou a defesa dos investigados, que não atendeu nossas ligações nem retornou nossas mensagens. O espaço segue aberto.

Entrevista coletiva

Até sexta-feira (25) deve ocorrer uma entrevista coletiva onde a delegada Vanderléia Gadi e Cristiane Helena devem esclarecer detalhes das apurações.

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