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Caso polêmico

Agendado interrogatório de suspeita de injúria racial no Manaíra Shopping

Caso envolve a psicopedagoga Alice Fidelis, que denunciou ter sido vítima no início deste mês.

Por Cristiano Sacramento Publicado em
Alice denunciou o caso por meio das redes sociais
Alice denunciou o caso por meio das redes sociais (Imagem: Reprodução)

O caso de suposta injúria racial contra uma psicopedagoga no Manaíra Shopping, em João Pessoa, deve ganhar novos contornos. Isso porque foi agendado o interrogatório da funcionária da loja Ri Happy acusada de cometer o crime. A escuta ocorrerá durante a próxima semana, segundo a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Homofóbicos, Étnico-raciais e delitos de Intolerância Religiosa (Dechradi) da capital. O dia não foi divulgado e, segundo o delegado Marcelo Falcone, a postura deve-se a dimensão do caso.

O caso

A psicopedagoga Alice Fidelis denunciou, no início deste mês de agosto, que entrou na loja para comprar um brinquedo para ser usado em suas aulas de terapia com crianças. No entanto, ao deixar o estabelecimento, foi abordada por uma vendedora.

Fui chamada pela moça e ela pediu que eu abrisse minha bolsa. Eu abri a bolsa, ela olhou e nisso chegaram dois seguranças do shopping. Aí ela perguntou: ‘E esse jogo aqui, você comprou agora?’, e eu disse ‘não, comprei em outro momento e em outra loja’. E as pessoas que estavam lá me olhavam com um olhar de julgamento”, relatou Alice, chorando.

Atualização

Procurada pelo Portal T5, Alice ela informou que aguarda respostas da loja para o agendamento de uma segunda reunião onde as partes devem chegar a um acordo. Ela lembrou, inclusive, que no primeiro encontro reuniu-se com os "responsáveis do shopping, o superintendente da loja e advogada deles pra conversar e ouvir oque eles tinha a dizer e até mesmo me escutar".

Agora, a defesa da psicopedagoga aguarda o retorno e um e-mail com respostas sobre solicitações feitas. "Ele chegaram a me ofertar uma proposta relacionada a brinquedos. Ficamos de responde-los para saber como vai ficar", afirmou.

O que informaram os citados

A Ri Happy disse que entrou em contato com a consumidora, pedindo desculpas pelo ocorrido. "A empresa rechaça veementemente qualquer tipo de atitude de preconceito e discriminação, por isso está tomando as medidas cabíveis sobre o caso, além de reforçar o treinamento sobre as políticas de atendimento na loja", disse em nota. O Manaíra Shopping declarou que repudia qualquer espécie de preconceito.

Injúria racial é crime

No início deste ano, foi sancionada a Lei 14.532, de 2023, que tipifica como crime de racismo a injúria racial, com a pena aumentada de um a três anos para de dois a cinco anos de reclusão.

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