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'A gente é pobre', lamenta moradora de margem do Rio Jaguaribe, em João Pessoa

Portal T5 visitou comunidade São Rafael, no Castelo Branco, onde estão os mais afetados pela falta de estrutura em períodos chuvosos

Por Juliana Alves Publicado em
Thaís da Cunha vive há 29 na comunidade São Rafael, em João Pessoa
Thaís da Cunha vive há 29 na comunidade São Rafael, em João Pessoa (Foto: Juliana Alves/RTC)

Os transtornos causados no período chuvoso são inevitáveis para grande parte da população de João Pessoa. As dificuldades são ainda maiores para as famílias em vulnerabilidade social, como as que vivem na comunidade São Rafael, no bairro Castelo Branco.

Quando chove, as famílias que moram na região - às margens do Rio Jaguaribe - são as mais afetadas pela falta de estrutura, mesmo com monitoramento da Defesa Civil. Essa é uma das 27 localidades de risco vigiadas na capital paraibana.

Na São Rafael, o volume de água de águas da chuva eleva o nível do rio e aumenta o risco de enchentes na comunidade.

Todo ano é a mesma situação. A gente já tá acostumado com isso e perder os troços, diz Thaís da Cunha, 29 anos.

Ao Portal T5, a dona de casa contou que vive nesse lugar desde que nasceu. Hoje, ela mora em uma casa alugada às margens do rio junto com o esposo e o filho, de nove anos. “Fazer o quê?”, pergunta. Sem demora, acrescenta: “A gente é pobre”.

A prefeitura orienta os moradores dessas localidades a desocuparem os imóveis e utilizarem o aluguel social disponibilizado pelo programa João Pessoa Sustentável, no valor de R$ 500.

Como aderir ao aluguel  – O auxílio oferece ajuda exclusivamente para moradores das comunidades do Complexo Beira Rio que tiveram seus imóveis interdidatos pela Defesa Civil. Para aderir, basta entrar em contato com a Defesa Civil, pelo telefone: (83) 98831-6885), que faz todo o encaminhamento para as equipes da Unidade Executora do Programa, por meio dos Elos, e a liberação do benefício junto à Sedes.

Falta estrutura

Para os moradores da comunidade, uma ponte que atravessa o Rio Jaguaribe é fundamental para realizar atividades diárias, como ir à escola. Mas as más condições na estrutura da ponte aumentam a insegurança e os riscos das famílias.

“A ponte está solta. Tem uma placa que foi colocada pelos próprios moradores pra cobrir um buraco. A gente tá tudo revoltado”, contou Thaís. “Tem casa que a prefeitura disse que ia derrubar, mas até hoje nada. Se depender da Defesa Civil, a gente morre aqui”, relatou, revoltada.

À reportagem, a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) afirmou que uma equipe será enviada ao local para realizar uma vistoria e verificar a situação. Não informou, no entanto, quando a visita será realizada.

Risco para a saúde

Além dos problemas estruturais enfrentados pelos moradores da Comunidade São Rafael, há ainda muitos riscos para a saúde. Não são poucos os relatos de aparecimentos de cobras e ratos na região, que se configuram como uma ameaça constante para crianças e idosos que vivem na comunidade.

Quando acontece enchentes, as famílias que moram no local são obrigadas a ter contato com a água do rio, e aumentam os riscos de contaminação. “Eu não sei o que estão esperando para tomar alguma providência”, disse Thaís, inconformada.

Veja a matéria exibida na TV Tambaú:

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