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'Não Seja um Laranja'

Operação da PF contra fraudes em contas cumpre mandados na PB

A operação "Não Seja Um Laranja" contou com o apoio da Interpol, através do Centro de Crimes Financeiros e Anticorrupção (IFCACC-Interpol

Por Carlos Rocha Publicado em
Grupo é alvo de operação deflagrada nesta sexta
Grupo é alvo de operação deflagrada nesta sexta (Foto: Divulgação / PF)

A Polícia Federal, em conjunto com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e seus bancos filiados, deu início nesta terça-feira (30) à operação 'Não Seja um Laranja 2'. O objetivo dessa ação, que possui desdobramentos na Paraíba, é desarticular organizações criminosas dedicadas à prática de fraudes em contas eletrônicas de diversas instituições bancárias em todo o país. A operação contou com o apoio da Interpol, através do Centro de Crimes Financeiros e Anticorrupção (IFCACC-Interpol).

Na cidade de Campina Grande, região do Agreste paraibano, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de cartão magnético e aparelhos celulares. O alvo dessas buscas é um indivíduo que atualmente é albergado e já possui antecedentes criminais relacionados a crimes patrimoniais. As diligências ocorreram nos bairros Malvinas e Centro, com um mandado direcionado à cela do investigado na prisão onde ele pernoita, e outro à sua residência.

Ao todo, agentes da Polícia Federal e Polícia Civil cumpriram 51 mandados de busca e apreensão em 17 estados brasileiros, além do Distrito Federal, no âmbito das investigações envolvendo pessoas que disponibilizaram suas contas pessoais para receber recursos oriundos de golpes e fraudes contra clientes bancários.

Essa operação integra o Projeto Tentáculos, que é sustentado por um Acordo de Cooperação Técnica entre a Polícia Federal e a Febraban, firmado em outubro de 2017. O projeto se estabeleceu como uma referência tanto nacional quanto internacional na cooperação público-privada no combate às fraudes bancárias eletrônicas.

Nos últimos anos, a Polícia Federal identificou um aumento significativo da participação consciente de pessoas físicas em esquemas criminosos nos quais elas "emprestam" suas contas bancárias em troca de pagamento. Essa prática de "lucro fácil" ao ceder contas para transações fraudulentas possibilita a ocorrência de diversas fraudes bancárias eletrônicas, prejudicando inúmeros cidadãos. Esses indivíduos são popularmente conhecidos como "laranjas".

A Polícia Federal alerta

Emprestar contas bancárias para receber créditos fraudulentos é um crime grave que causa danos consideráveis aos cidadãos. Além do potencial ofensivo desse tipo de conduta delituosa, que tem se tornado uma das principais fontes de financiamento de organizações criminosas, há também os prejuízos financeiros impostos a milhares de brasileiros.

As penalidades para esse crime podem chegar a oito anos de prisão, além de multas, que podem ser agravadas se os delitos forem cometidos utilizando servidores localizados fora do Brasil ou se as vítimas forem idosas ou vulneráveis.

Essa é mais uma operação de alcance nacional, com o propósito de combater essa forma de criminalidade, seguindo o exemplo da ação realizada em agosto de 2022, que resultou na execução de 43 mandados de busca em 13 estados e no Distrito Federal.


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