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Histórias de carroceiras de João Pessoa viram documentário; assista

Na produção, mulheres carroceiras falam sobre força, identidade e gênero a partir de suas experiências.

Por Juliana Alves Publicado em
Maria José, Tereza Maria e Raquel Câmara protagonizam produção.
Maria José, Tereza Maria e Raquel Câmara protagonizam produção. (Imagem: Divulgação)

Elas têm muita força, e sabem disso. Tereza, Maria e Raquel desenham o próprio destino pelas ruas de João Pessoa, em cima de suas carroças. No veículo puxado por um animal, elas cruzam a cidade para garantir a renda da família, que vem principalmente da venda de materiais recicláveis e fretes. Elas são carroceiras.

As histórias de Tereza, Maria e Raquel dão voz às vivências de outras mulheres que escrevem o cotidiano da capital paraibana. As experiências delas são de trabalhadoras que enfrentam diariamente o machismo e tantas outras formas de opressão. Elas são resistência.

Um documentário produzido por uma estudante de Jornalismo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com o objetivo de registrar o modo de vida das carroceiras de João Pessoa, ouviu as histórias de três mulheres. Na produção, Tereza, Maria e Raquel falam sobre força, identidade e gênero a partir de suas experiências. Assista no final da matéria.


Histórias de mulheres

Tereza Maria

“Não me arrependo de ser carroceira; tenho prazer”. As palavras que saem de Tereza não dão espaço para dúvida: se voltasse no tempo ela faria tudo de novo, diz. A carroceira tem 67 anos e, tendo a incerteza da aposentadoria, sobrevive em cima de uma carroça. O veículo puxado por um cavalo leva Tereza pelas ruas do Jardim Veneza, em João Pessoa, onde ela vende materiais recicláveis e transporta os estofados que conserta.

Maria José

Zeza, como é mais conhecida, mantém uma rotina de trabalho intensa aos 50 anos. Conduzindo uma carroça pelos bairros da zona sul da capital paraibana, ela trabalha com a venda de materiais recicláveis, fretes e faz “de tudo um pouco”. É assim desde a adolescência. “Não tem sol e nem chuva. Eu saio tranquila, faço meu serviço, ganho o dinheiro do meu feijão e pronto”.

Raquel Câmara

“Não tenho um tico de vergonha [de ser carroceira]. Eu me sinto uma mulher guerreira”, diz Raquel, 32 anos. Ela mora em Mangabeira e também vive da venda de materiais recicláveis. Diariamente, são várias idas e vindas com a carroça cheia de papelão, latinhas e plásticos para garantir a renda da família.

Assista o documentário “Carroceiras”:


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