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Xenofobia: noiva de jogador do Botafogo-PB é investigada pela polícia

Após vídeo publicado nas redes sociais, torcida do Botafogo pede demissão de Léo Campos

Por Dennison Vasconcelos Publicado em
Drica e Léo pediram desculpas.
Drica e Léo pediram desculpas. (Foto: Reprodução/Redes sociais)

Adriana Borba, noiva do jogador Léo Campos, do Botafogo da Paraíba, é investigada pelo crime de racismo xenofóbico, supostamente praticado pelas redes sociais. O inquérito foi aberto pelo delegado Marcelo Falcone da Delegacia Especializada de Crimes Homofóbicos, Raciais e de Intolerância Religiosa. Em um vídeo, Adriana, que é conhecida como Drica, ridicularizou o sotaque e costumes paraibanos nesta quarta-feira (25). Veja o vídeo no fim da matéria

A catarinense conta a experiência de morar em João Pessoa ao dizer que acha o sotaque “fofo, mas chega uma hora que irrita”.

Além do sotaque, Drica também reclamou da "mania" do paraibano de arrastar o chinelo. “Sabe aquela pessoa que fica na sua frente “oxe! Olha esse preço, quê que você acha, devo levar ou não devo”. Aí a pessoa arrasta o chinelo o tempo inteiro, o tempo todo era gente arrastando chinelo e eu encarando a pessoa. A pessoa vai sozinha no mercado, não tem com quem ir para debochar”.

Após a repercussão, o jogador do Botafogo gravou um vídeo pedindo ‘desculpas’ pela ofensa da esposa. “Foi uma brincadeira sem maldade nenhuma, só que, infelizmente, algumas palavras as pessoas estão entendendo errado. A cidade é maravilhosa, vocês são maravilhosos, na forma que receberam a gente, a minha família estão vindo para conhecer a cidade, cidade muito linda. Gostaria de pedir desculpas por ela, que a perdoasse também, ninguém tem maldade nenhuma e pedir para que vocês possam apoiar e não criticar”, disse Léo Campos.

Drica Barbosa também pediu desculpas e disse que “as vezes a gente brinca, comediantes brincam, mas peço desculpas, não tiro a razão de vocês”.

Para a Justiça, xenofobia é crime de racismo. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) passou a considerar como crime de racismo os atos que discriminam brasileiros que vivem no Nordeste. Previsto na Lei Nº 9.459/97, enquadra aqueles que possam vir a praticar, induzir, incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Além disso, quem comete xenofobia é passível a reclusão de um a três anos e multa.

Assista ao vídeo:

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