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Enfermeiros esperam novo piso salarial há 3 meses; categoria na PB vê entrave no setor privado

Sindicato da Paraíba explica dificuldade com setor de empresas privadas, mas se anima com proposta de emenda

Por Cristiano Sacramento Publicado em
STF suspendeu piso salarial da enfermagem em setembro
STF suspendeu piso salarial da enfermagem em setembro (Foto: Agência Brasil)

A lei aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) que cria o piso salarial da enfermagem teve suspensão no Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 4 de setembro. Desde então, a classe continua buscando a retomada de direitos conquistados por lei para seguir a rotina da profissão.

A determinação do STF se estende até que aconteçam as análises de dados detalhados de estados, municípios, órgãos do governo federal, conselhos e entidades da área da saúde sobre o impacto financeiro para os atendimentos e os riscos de demissões diante da implementação do piso.

O prazo para que essas informações sejam enviadas ao STF seria de 60 dias, vencendo no dia 3 de novembro.

Ao Portal T5, Milca Rego, presidente do Sindicato dos Enfermeiros no Estado da Paraíba (Sindep), explicou que as fontes de custeio estão sendo apresentadas e um Projeto de Lei específico já está a caminho da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

“As fontes estão sendo apresentadas. Algumas já foram votadas. Mas não são fontes que façam ajuste a longo prazo. A mais segura, até agora, foi a PEC 27/2022 (de autoria do deputado Mauro Benevides Filho, do PDT/CE), que está começando a tramitar. Ela aloca recursos que já estão apresentadas e que têm maior longevidade e segurança. Está caminhando para a Comissão de Constituição e Justiça”, disse.

Milca explicou também que o maior entrave, de momento, é o setor privado, onde precisa ser votada a desoneração da folha da Saúde e que deve acontecer na Câmara Federal e no Senado.

A sindicalista comentou que foi feito um acordo na última semana para que a desoneração fosse votada primeiro pelo Senado para só depois ser encaminhada à Câmara, dando, assim, mais rapidez na votação.

Na Paraíba, a enfermeira comentou que o governador João Azevêdo (PSB) assinou uma carta-compromisso para adequar o pagamento da classe já no piso proposto, a partir de janeiro.

A lei aprovada pelo Congresso, em julho, fixou o piso em R$ 4.750, para os setores público e privado. O valor ainda serve de referência para o cálculo do mínimo salarial de técnicos de enfermagem (70%), auxiliares de enfermagem (50%) e parteiras (50%).

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