TV Tambaú
Jovem Pan
Nova Brasil Maceió
º
preço dos combustíveis

Queda do ICMS: veja os impactos para seu bolso e aos cofres públicos

Economista entrevistado pela Jovem Pan apontou risco fiscal em compensação do governo federal na alíquota do imposto.

Por Edcesar Oliveira Publicado em
Barril petroleo marcello casal jr
(Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil)

O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), assinou decretos que limitam alíquota de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para os combustíveis. Desde a última sexta-feira (1º), postos registram queda no preço médio da gasolina. No Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan João Pessoa, o economista Cássio Bessária falou sobre o impacto para os consumidores e o risco desse corte de impostos ser compensado por outros fatores. (Ouça a entrevista completa no fim da matéria).

A nova medida, sancionada pelo governo federal, gerou efeito nos repasses dos preços dos combustíveis para o consumidor final. A expectativa é que na Paraíba o litro da gasolina, por exemplo, tenha um decréscimo de R$ 0,95.

Essa prática, que visa atenuar os efeitos sentidos em decorrência da alta do barril de petróleo, no entanto, pode gerar outros problemas. O economista e professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Cássio Besarria, em entrevista à rádio Jovem Pan, apontou uma possibilidade de ‘risco fiscal’ para os investidores.

Por que o câmbio está depreciando? O mercado acaba precificando o tipo de política que é implementada no país. Então se, por exemplo, ele vê um sinal de alerta para aumento do risco fiscal por conta desses subsídios que são criados ou por conta do fato do estado passar a ser deficitário, o mercado acaba avaliando isso como risco fiscal. E o bom investidor, qualquer risco que surja, ele tira o dinheiro daquele país e isso afeta a taxa de câmbio”, explicou em entrevista ao Jornal da Manhã.

De acordo com o economista, a alteração na taxa de câmbio e depreciação da moeda nacional é a principal causa de seguidos aumentos dos combustíveis. Isso porque, com parte do petróleo sendo importado de outros países e o barril sendo comercializado em dólar, ajustes proporcionais são repassados ao produto final.

 “Quando a gente olha a taxa de câmbio da semana passada, ela terminou em alta. Isso significa que o real está perdendo poder de compra. quanto a gente vai comprar um produtor, quando mais depreciado for o câmbio, quanto mais poder de compra o real perde em relação ao dólar, mais caro se torna importar esse produto. Nós sabemos que o petróleo, parte dele, é importado”, completou.

Ouça a entrevista completa para o Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan João Pessoa:

Veja mais:



Relacionadas