Alta concentração de cobre é identificada em Açude Velho, em CG
Até agora, foram realizadas duas coletas em pontos diferentes do açude
![Açude Velho, em Campina Grande](https://img.portalt5.com/hEDaClTXcIswEyTv67Vh6xZxIxE=/516x350/smart/imagens%2Facude_velho_cg_pb.jpg)
Pesquisadores identificaram elevada concentração de cobre na água do Açude Velho, um dos principais pontos turísticos de Campina Grande, no Agreste paraibano. A pesquisa do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), que está em andamento, tem como objetivo verificar a presença de metais pesados e avaliar os possíveis impactos socioambientais da identificação desses elementos.
Até agora, foram realizadas duas coletas em pontos diferentes do açude e, até o final do projeto, estão previstas outras visitas. O relatório parcial divulgado pelo professor orientador Edmílson Dantas já indica a presença do cobre em alta concentração. "O metal pesado cobre foi detectado com quantidade média superior em cinco vezes o permitido pela legislação, sendo o único dos metais analisados que entra em desacordo com o que é preconizado pelo Ministério da Saúde", relatou.
De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a presença de pequenas quantidades de cobre em organismos vivos é essencial. O problema está no excesso. "A ingestão de água contendo altas concentrações do metal pode produzir náusea, vômito, dor abdominal e diarreia. As crianças são mais sensíveis aos efeitos da exposição ao cobre. A exposição prolongada a concentrações elevadas do metal em alimentos ou água pode causar dano ao fígado de crianças," diz uma ficha de informação toxicológica da Cetesb. O entorno do Açude Velho é usado pela população para a prática de atividades físicas, como corrida, caminhada e ciclismo. No entanto, não são raras as situações de pessoas se banhando na água ou retirando peixes para consumo próprio.
As coletas estão sendo feitas pelos estudantes Pedro Queiroz Dionizio e Pedro Lucas Nunes da Silveira, dos cursos técnico integrado de Química e de Tecnologia em Construção de Edifícios do IFPB em Campina Grande, respectivamente. Além do cobre, também foram identificados valores superiores de nitrito e nitrato. "Esses parâmetros estão diretamente associados
a grande quantidade de matéria orgânica em decomposição advinda dos despejos residuais provenientes das residências domésticas no corpo hídrico", esclarece Edmílson.
Ao fim do projeto, em janeiro do próximo ano, a equipe do IFPB pretende contribuir para o desenvolvimento futuro de projetos que visem à revitalização do açude.
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